Institutos de estudos econômicos de organizações empresariais e sua relação com o Estado em perspectiva comparada: Argentina e Brasil, 1961-1996
DOI:
https://doi.org/10.22456/1983-201X.6401Palavras-chave:
IPÊS, FIEL, Fundación MediterráneaResumo
Este artigo constitui uma síntese das conclusões alcançadas em nossa tese, na qual abordamos a constituição e as formas de ação adotadas por três centros de estudos e pesquisas em economia, financiados por grupos de empresas, cujos membros mais destacados chegaram à condução econômica, ocupando postos governamentais relevantes no Brasil e na Argentina, entre os anos de 1961 e 1996. As instituições que tratamos são: o Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (IPÊS), a Fundación de Investigaciones Económicas Latinoamericanas (FIEL) e a Fundación Mediterránea (FM); entidades que podem ser consideradas paradigmas de uma nova matriz de relação entre o Estado, as corporações empresariais e os técnicos vinculados fundamentalmente à área econômica desenvolvida no período. Essas instituições contaram com uma estrutura dinâmica e atuaram como ponte para desenhar e pôr em prática políticas de transformações profundas nas estruturas Institutos de econômicas de ambos os países, afastando-se dos modelos desenvolvimentistas para se aproximarem, cada vez mais, dos moldes liberais, alcançando certo consenso no interior de diferentes frações das burguesias e de outros setores sociais.
Downloads
Referências
ASSIS, Denise. Propaganda e cinema a serviço do golpe: 1962-1964. Rio de Janeiro: Mauad/ Ed. da FAPERJ, 2001.
BIRLE, Peter. Los empresarios y la democracia en la Argentina: conflictos y coincidencias. Buenos Aires: Editorial de Belgrano, 1997.
BOURDIEU, Pierre. Intelectuales, política y poder. Buenos Aires: EUDEBA, 2000.
_____. O Poder Simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.
CAMOU, Antonio. De como las ideas tienen consecuencias. Analistas simbólicos y usinas de pensamiento en la elaboración de la política económica argentina (1983-1985). Tese de doutorado, FLACSO, México, 1997.
CANELO, Paula. La política contra a economía: los elencos militares frente al plan económico de Martínez de Hoz durante el proceso de Reorganización Nacional (1976-1981). In: PUCCIARELLI, Alfredo (coord.). Empresarios, tecnócratas y militares. La trama corporativa de la última dictadura. Buenos Aires: Siglo XXI, 2004.
CORVALÁN, María Alejandra. El Banco Mundial. Intevención y disciplinamiento. El caso argentino, enseñanzas para América Latina. Buenos Aires: Biblos, 2002.
DE PABLO, Juan Carlos. Apuntes a mitad de camino (economía sin corbata). Buenos Aires: Ediciones Macchi, 1995.
_____. Mi paso por FIEL. Indicadores de Coyuntura, FIEL, edición especial 30º aniversario, n. 333, p. 75-85, abr. 1994.
DINIZ, Eli; BOSCHI, Renato Raul. Empresariado Nacional e Estado no Brasil. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1978.
DREIFUSS, René Armand. 1964: A conquista do Estado. Ação Política, Poder e Golpe de Classe. Petrópolis: Vozes, 1981.
EAGLETON, Terry. Ideologia. São Paulo: Boitempo/UNESP, 1998.
GOULNER, Alvin. La dialéctica de la ideología y la tecnología. Los orígenes, la gramática y el futuro de la ideología. Madrid: Alianza Editorial, 1978.
GRAMSCI, Antonio. Los intelectuales y la creación de la cultura. Buenos Aires: Nueva Visión, 1987.
HEINZ, Flavio M. (Org.). Por outra história das elites. Rio de Janeiro: FGV, 2006.
HOBSBAWM, Eric. Nações e nacionalismo desde 1780. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
LOUREIRO, Maria Rita. Os economistas no governo: gestão econômica e democracia. Rio de Janeiro: FGV, 1994.
MARKOFF, John; MONTECINOS, Verónica. El irresistible ascenso de los economistas. Desarrollo Económico, v. 34, n. 133, abr./jun. 1994.
MARX, Karl. Contribución a la crítica de la economía política. México: Editorial Cartago, 1983.
_____. El dieciocho Brumario de Luis Bonaparte. Barcelona: Ariel, 1971.
MEYNAUD, Jean. Los grupos de presión. Buenos Aires: EUDEBA, 1963.
MICHELS, Robert. Los partidos políticos. Buenos Aires: Amorrortu, 1996.
MILIBAND, Ralph. El Estado en la sociedad capitalista. México: Siglo XXI, 1970.
MILLS, Charles Wright. La elite del poder. México: Siglo XXI, 1979.
MONTECINOS, Verónica. Economics and Power: Chilean Economists in Government, 1958-1985. Pittsburgh: University of Pittsburgh, 1988.
N’HAUX, Enrique. Menem-Cavallo: el poder mediterráneo. Córdoba: El Corregidor, 1992.
OLSON, Mancus. The Logic of Collective Action. Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press, 1982.
PUCCIARELLI, Alfredo. (coord.). Empresarios, tecnócratas y militares. La trama corporativa de la última dictadura. Buenos Aires: Siglo XXI, 2004.
RAMÍREZ, Hernán. Os institutos de estudos econômicos de organizações empresariais e sua relação com o Estado em perspectiva comparada: Argentina e Brasil, 1961-1996. Tese de Doutorado, PPG-História da UFRGS, Porto Alegre, 2005.