Narrativas sobre o Brasil alemão ou a Alemanha brasileira: etnicidade e alteridade por meio da literatura de viagem
DOI:
https://doi.org/10.22456/1983-201X.6375Palavras-chave:
Etnicidade, Alteridade, Heterologia, FronteirasResumo
O escopo deste artigo é apresentar uma análise intertextual sobre a etnicidade e a alteridade no Brasil meridional durante o século XIX por meio dos relatos de alguns viajantes alemães. A partir de três viajantes, protótipos de “homens-fronteira”, seus relatos serão tratados como operadores discursivos e esquemas narrativos. Trata-se da viagem como experiência cognitiva para uma heterologia, bem como para uma etnicidade “alemã” no Brasil alemão ou na Alemanha brasileira.Downloads
Referências
AVÉ-LALLEMANT, R.Viagem pela Província do Rio Grande do Sul (1858). Belo Horizonte; São Paulo: Itatiaia; Ed. da Universidade de São Paulo, 1980.
BESCHOREN, M. Impressões de viagem na Província do Rio Grande do Sul (1875-1887). Porto Alegre: Martins Livreiro,1989.
BORNHEIM, G. Introdução à leitura de Winckelmann. In:WINCKELMANN, J. J. Reflexões sobre a arte antiga. Porto Alegre: Movimento, 1975.
COULANGES, F. de. A cidade antiga. São Paulo: Hemus, 1975.
DRUMMOND, L. Ethnicity, “ethnicity” and culture theory. Man, v.16, n.4, p.693-696, 1981.
FREUD, S. Das Unheimliche. In: ______. Studienausgabe. Frankfurt: Fischer Verlag, 2000. p.241-274.
HANDELMANN, H.História do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1982 [1860]. v. 2.
HARTOG, F. O espelho de Heródoto; ensaio sobre a representação do outro. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 1999.
______. Memória de Ulisses; narrativas sobre a fronteira na Grécia antiga. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004.
______. O século XIX e a história; o caso Fustel de Coulanges. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2003.
LEITE, M. M. Livros de viagem. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1997.
LEVINAS, E. L’humanisme de l’autre homme. Paris: Fata Morgana, 1972.
LIMA, O. Prefácio a Heinrich Schüler. In: SCHÜLER, Heinrich. Brasilien; Ein land des Zukumft. Stuttgart; Leipzig, 1912.
MOMIGLIANO, A. Atene nel III secolo A. C. e la scorpeta di Roma nelle Storie di Timeo di Tauromenio. Roma, 1966.
______. Os limites da helenização. Rio de Janeiro: Zahar, 1991.
______. As raízes clássicas da historiografia moderna. Bauru, SP: EDUSC, 2004.
______. Sesto contributo alla storia degli studi classici e del mondo antigo. Roma, 1980. p.513.
PICCOLO, H. Rio Grande do Sul, século XIX: a imigração alemã e o processo de construção de identidades. A questão da nacionalidade. In: CONGRESSO EUROPEU DE LATINOAMERICANISTAS, 11, Halle, 1999.Actas del 11º Congresso Europeu de Latinoamericanistas. Halle: Martin Luther Universität, 1999.
POUTIGNAT, P.; STREIFF-FENART, J. Teorias da Etnicidade. [seguido de Grupos Étnicos e suas Fronteiras de Fredrik Barth]. São Paulo: UNESP, 1998.
REDFIELD, J. Herodotus the tourist. Classical Philology, Chicago, n. 80, 1985.
RIBEIRO, D. O povo brasileiro; a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1997.
SALGUEIRO, V. Grand Tour: uma contribuição à história do viajar por prazer e por amor à cultura. Revista Brasileira de História, São Paulo, v.22, p.289-310, 2002.
SCHRADER, A. Loas ao passeio: um método menosprezado na pesquisa social empírica. In: SCHARER, A. Métodos de pesquisa social empírica e indicadores sociais. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 1999.
TURNER, F. The frontier in American history. New York: Henry Holt and Company, 1921.
WALLERSTEIN, I. Ethnicity and national integration in West Africa. Cahier d’Études Africains, Paris, n.3, p.129-139, 1960.
WEBER, M. Wirtschaft und Gesellschaft. 5. ed. Tübingen, 1972.
WEECH, F. A agricultura e o comércio do Brasil no sistema colonial. São Paulo: Martins Fontes, 1992.