Senhoras e escravos na São Paulo do café (1840-1870)
DOI:
https://doi.org/10.22456/1983-201X.5402Palavras-chave:
Mulheres, Patrimônio, São Paulo, Brasil Império, Família, GêneroResumo
Este artigo tem por objetivo estudar as mulheres proprietárias de bens e escravos na cidade de São Paulo no período de 1840-1870, utilizando como fonte documental os testamentos do 3º Ofício da Família, pertencentes ao ATJSP (Arquivo do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) e também ao acervo do CEDHAL (Centro de Demografia Histórica da América Latina). A proposta é analisar o processo de circulação de riqueza na cidade, buscando entender, principalmente, a constituição das fortunas femininas e a distribuição dos legados entre os herdeiros. Nesse sentido, será dada atenção especial às proprietárias com escravarias, de modo a compreender as condições em que as alforrias eram concedidas e qual era o papel desempenhado pelos cativos na transmissão dos patrimônios.
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Referências
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