Senhoras e escravos na São Paulo do café (1840-1870)

Autores

  • Eni de Mesquita Samara Universidade de São Paulo
  • André Félix Marques da Silva Universidade de São Paulo
  • Breno Henrique Selmine Matragolo Universidade de São Paulo
  • Nadia Beyeler Universidade de São Paulo
  • Patrícia Garcia Ernando da Silva Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.22456/1983-201X.5402

Palavras-chave:

Mulheres, Patrimônio, São Paulo, Brasil Império, Família, Gênero

Resumo

Este artigo tem por objetivo estudar as mulheres proprietárias de bens e escravos na cidade de São Paulo no período de 1840-1870, utilizando como fonte documental os testamentos do 3º Ofício da Família, pertencentes ao ATJSP (Arquivo do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) e também ao acervo do CEDHAL (Centro de Demografia Histórica da América Latina). A proposta é analisar o processo de circulação de riqueza na cidade, buscando entender, principalmente, a constituição das fortunas femininas e a distribuição dos legados entre os herdeiros. Nesse sentido, será dada atenção especial às proprietárias com escravarias, de modo a compreender as condições em que as alforrias eram concedidas e qual era o papel desempenhado pelos cativos na transmissão dos patrimônios.

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Referências

Fontes manuscritas

Testamentos e Inventários. 3º Ofício da Família. São Paulo (Capital e Interior), 1763-1878. ATJSP/CEDHAL.

Fontes impressas

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Publicado

2007-07-01

Como Citar

Samara, E. de M., da Silva, A. F. M., Matragolo, B. H. S., Beyeler, N., & da Silva, P. G. E. (2007). Senhoras e escravos na São Paulo do café (1840-1870). Anos 90, 14(25), 37–64. https://doi.org/10.22456/1983-201X.5402

Edição

Seção

Dossiê: História e Gênero