Trauma, transmissão e (re)construção: memórias da Shoah na comunidade judaica curitibana no pós-guerra.

Autores

  • Michel Ehrlich Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Palavras-chave:

Shoah, Memória, Judeus no Brasil.

Resumo

A Shoah se tornou um marco da identidade coletiva judaica na segunda metade do século XX. Os objetivos dessa pesquisa podem ser resumidos como analisar o processo de construção dessas memórias e os diferentes significados a ela atribuídos. Para isso foi analisada uma revista comunitária chamada O Macabeu, editada entre 1954 e 1970, observando a frequência com que o tema era abordado e as mensagens que esses textos procuravam transmitir. Até o julgamento de Eichmann em 1961 a Shoah era um tema menos frequente e geralmente associado à memória da resistência armada. Esse quadro se altera a partir de 1961, quando essa visão passa a compartilhar e disputar espaço com a valorização da figura da vítima e com uma proposta de memória exemplar, na qual a Shoah é uma chave de entendimento e atuação em questões contemporâneas. Concluo que a memória da Shoah se forma no cruzamento de diversos processos históricos, entre os quais a própria Shoah, a migração, a relação com o Estado de Israel, o contexto social brasileiro e a passagem geracional.

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Biografia do Autor

Michel Ehrlich, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Mestrando no programa de pós-graduação em História da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Coordenador de História do Museu do Holocausto de Curitiba.

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Publicado

2019-08-14

Como Citar

EHRLICH, M. Trauma, transmissão e (re)construção: memórias da Shoah na comunidade judaica curitibana no pós-guerra. Revista Aedos, [S. l.], v. 11, n. 24, p. 285–307, 2019. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/aedos/article/view/87361. Acesso em: 18 abr. 2024.