“Um legítimo homicídio emocional”: a Justiça e o crime “passional” no Brasil dos anos 1950

Autores

  • Kety Carla De March Universidade Estadual do Centro-Oeste - Unicentro

Palavras-chave:

discurso jurídico, crime, masculinidades

Resumo

A sedução dramática do crime “passional” percorria as páginas literárias, alcançava a mídia, se reproduzia nas falas de acusados e testemunhas em processos criminais e atingia os discursos dos legisladores no Brasil dos anos 1950. Esse espaço de produção da aceitação social para a violência, legitimada pelo ciúme e pela honra, foi amplamente discutido pelos juristas do período, buscando o limite entre paixão e loucura, entre aceitável e inaceitável. Numa sociedade baseada nas assimetrias de gênero e na construção de masculinidades que se afirmavam pela violência, buscamos, a partir da análise de textos de juristas brasileiros e processos criminais instaurados no Estado do Paraná, compreender a extensão dos debates dos juristas a respeito dos chamados crimes passionais ou por violenta emoção e como, na prática, eram produzidos discursos a esse respeito no interior das peças processuais que julgavam homens acusados pela morte das companheiras. 

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Biografia do Autor

Kety Carla De March, Universidade Estadual do Centro-Oeste - Unicentro

Doutora em História pela Universidade Federal do Paraná. Professora Colaboradora do Departamento de História da Universidade Estadual do Centro-Oeste - Unicentro.

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Publicado

2017-08-27

Como Citar

DE MARCH, K. C. “Um legítimo homicídio emocional”: a Justiça e o crime “passional” no Brasil dos anos 1950. Revista Aedos, [S. l.], v. 9, n. 20, p. 55–80, 2017. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/aedos/article/view/72537. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático