Sangue menstrual e magia amatória: concepções e práticas históricas
Resumo
Em períodos nos quais o funcionamento do corpo humano era pouco desmistificado, a menstruação era um fenômeno por vezes temido ou intrigante. Inúmeras religiões, principalmente as abraâmicas, consideraram o sangue menstrual um tabu, sendo frequente sua associação à impureza. Praticantes de magia, por sua vez, tendiam a encarar o sangue menstrual como um fluido poderoso, utilizado especialmente (mas não de modo exclusivo) em feitiços de atração amorosa. Este artigo tem como objetivo geral investigar práticas mágicas europeias de diversos períodos históricos que fazem uso do sangue menstrual para fins amorosos, com o intuito de analisar como a menstruação e o sangue menstrual foram compreendidos e interpretados historicamente, em especial no imaginário medieval e na cultura mágica. Com base nos discursos medievais e renascentistas sobre menstruação, é possível identificar que, entre as crenças seculares, o sangue menstrual era considerado uma substância poluente, mas, de acordo com o imaginário e o pensamento mágico, também era considerado capaz de causar atração.Downloads
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Publicado
01-03-2018
Como Citar
FURLAN FERREIRA, A. Sangue menstrual e magia amatória: concepções e práticas históricas. Revista Aedos, [S. l.], v. 9, n. 21, p. 514–531, 2018. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/aedos/article/view/72464. Acesso em: 28 abr. 2025.
Edição
Seção
Artigos
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