Doce amargo Novo Mundo: percalços ambientais e alimentação colonial na América portuguesa do século XVI

Autores

  • Julianna Morcelli Oliveros Universidade Estadual de Maringá
  • Christian Fausto Moraes dos Santos Universidade Estadual de Maringá

Palavras-chave:

Brasil colonial, século XVI, alimentação

Resumo

Um dos maiores desafios enfrentados pelos colonizadores europeus na América portuguesa quinhentista foi a adaptação ao novo ambiente, sobretudo no que tange o clima e aos recursos para obtenção de alimentos. A alimentação era feita, em boa parte, de acordo com a disponibilidade dos gêneros alimentícios ali existentes. Nesse sentido, os frutos nativos constituíam um quadro de variedades, juntamente com o açúcar, já que esses exploradores costumavam se fixar nas faixas litorâneas, localidades nas quais se encontravam plantações de cana-de-açúcar e engenhos. Através desta perspectiva, será analisado o quanto a dinâmica do ambiente e flora da América portuguesa foram importantes no processo de fixação dos colonizadores, bem como os valores atribuídos por estes aos frutos e ao açúcar do Novo Mundo. Estes valores estavam intimamente relacionados ao conhecimento dos colonizadores frente as ordens prescritas por Hipócrates e Galeno, através da teoria humoral. Deste modo, analisaremos os relatos de cronistas e viajantes do período. Assim, apontaremos de que maneira os frutos e as conservas feitas com eles foram fundamentais na alimentação desses homens no ambiente tropica, sob o ponto de vista logístico da dinâmica colonial.

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Biografia do Autor

Julianna Morcelli Oliveros, Universidade Estadual de Maringá

Mestranda pelo Programa de Pós-graduação em História da Universidade Estadual de Maringá (PPH/UEM). Membro do Laboratório de História, Ciências e Ambiente (LHC/UEM).

Christian Fausto Moraes dos Santos, Universidade Estadual de Maringá

Professor adjunto do Departamento de História, da Universidade Estadual de Maringá. Professor do Programa de Pós-graduação em História, da Universidade Estadual de Maringá. Coordenador do Laboratório de História, Ciências e Ambiente (LHC/UEM). Possui graduação em História pela UEM, mestrado em Geografia pela UEM, doutorado em História das Ciências e da Saúde pela FIOCRUZ e pós doutorado pela UFMG. Atualmente é pós-doutorando em História das Ciências, pelo Consejo Superior de Investigaciones Cientificas (CSIC), em Barcelona. Consultor ad-hoc da CAPES na área de História das Ciências e membro de conselhos editoriais de Periódicos como Delaware Review of Latin American Studies e Revista Diálogos.

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Publicado

20-07-2015

Como Citar

OLIVEROS, J. M.; DOS SANTOS, C. F. M. Doce amargo Novo Mundo: percalços ambientais e alimentação colonial na América portuguesa do século XVI. Revista Aedos, [S. l.], v. 7, n. 16, p. 465–479, 2015. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/aedos/article/view/55005. Acesso em: 29 abr. 2025.