1863: o ano em que um decreto - que nunca existiu - extinguiu uma população indígena que nunca deixou de existir.
Palavras-chave:
Relações Sociais de Dominação e Resistência, Relações de Poder Político-Institucionais, Cultura e Representações,Resumo
O presente artigo apresenta o processo de invisibilidade dos índios no Ceará, através da análise do contexto histórico que possibilitou a produção de um documento oficial que, por pressão dos interesses econômicos da elite dominante, passou a ter força simbólica de decreto que extinguiu toda a população indígena do Ceará. A produção deste suposto decreto se explica por práticas ideológicas e por aplicação de políticas públicas típicas da segunda metade do século XIX. O texto vai apresentar, em contrapartida, o caso de um grupo indígena que 27 anos após essa declaração oficial, passa angariar apoio em prol da defesa de seu aldeamento, junto a um intelectual cearense chamado Antonio Bezerra de Menezes. O escritor foi um dos fundadores do Instituto Histórico do Ceará e da Academia Cearense de Letras, contraditoriamente, instituições que eram porta vozes da ideologia que legitimava a extinção dos índios em terras cearensesDownloads
Não há dados estatísticos.
Downloads
Publicado
10-07-2012
Como Citar
ANTUNES, T. O. 1863: o ano em que um decreto - que nunca existiu - extinguiu uma população indígena que nunca deixou de existir. Revista Aedos, [S. l.], v. 4, n. 10, 2012. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/aedos/article/view/29051. Acesso em: 29 abr. 2025.
Edição
Seção
Dossiê Temático
Licença
Todo o conteúdo do periódico, exceto nos locais em que está identificado, é licenciado sob uma Licença Creative Commons de atribuição BY.
Os direitos autorais dos trabalhos publicados na revista pertencem ao(s) autor(es). Não haverá qualquer pagamento pela publicação nas versões online da revista Aedos. As opiniões emitidas no trabalho, bem como a revisão de língua portuguesa, inglesa ou francesa e estilo de redação, são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es). Os trabalhos que não contemplarem as normas editoriais não serão avaliados para publicação nem devolvidos aos autores. A remessa de originais implica na aceitação destas condições.