ST 12. Branquitude e Relações Raciais na História do Brasil

Autores

  • Francielle Pinto Andrade Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Jacilene Aguiar Silva Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Marina Albugeri da Silva Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

Tomando branquitude como a identidade racial branca que é mobilizada nas relações sociais orientada pela ideia de raça enquanto um construto social, como um lugar estrutural de poder não nomeado que tem o poder político-simbólico de nomear grupos/indivíduos não-brancos. Este Simpósio pretende promover um espaço de diálogo acerca da branquitude e das relações raciais no Brasil nos mais diversos aspectos da sociedade e temporalidades, desde uma perspectiva que aborde sistemas institucionais e culturais até trabalhos que abarquem trajetórias de grupos ou indivíduos. Os estudos da branquitude partem da premissa da crucialidade da categoria raça como organizadora das relações de opressão e exploração e de diferentes experiências da vida social. Pensar as branquitudes na História do Brasil é mobilizar estruturas arraigadas que tomam como norma a neutralidade da brancura nos espaços de poder, espaços que abarcam produções de saberes, de políticas e articulações arbitrárias sobre corpos não-brancos. Articulado a isso, está o debate sobre branqueamento e como essa política mobilizou, junto a outros fatores, o Estado nacional a acelerar processos de imigração branca no sul do país, entre outras ações que têm sido mobilizadas desde então. Portanto, os estudos da branquitude tem como eixo voltar-se para o branco como objeto de análise nos estudos sobre raça, investigando como a categoria raça estrutura lugares de poder e gera vantagens para esse grupo. Isto é, investigar a branquitude nos possibilita ensaiar algumas das consequências do racismo, que não os prejuízos causados, e sim as vantagens e privilégios produzidos por esse processo histórico político e social. Convidamos para participar deste S.T pesquisadores e pesquisadoras das mais diversas áreas interessados em debater sobre branquitude na História do Brasil, identidade racial branca, privilégio branco, os significados de ser branco, identidade nacional. O S.T também é aberto para demais trabalhos que articulem outras questões a partir da temática da branquitude na educação, mercado de trabalho, Direito, Mídias e Comunicações, Estética e Cinema, estudos de gênero e classe social.

Coordenadoras:
Francielle Pinto Andrade (Mestranda PPGH-UFRGS)
Jacilene Aguiar Silva (Mestranda PPGH-UFRGS)
Marina Albugeri da Silva (Mestranda PPGH-UFRGS)

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Publicado

2022-01-28

Como Citar

ANDRADE, F. P.; SILVA, J. A.; SILVA, M. A. da. ST 12. Branquitude e Relações Raciais na História do Brasil. Revista Aedos, [S. l.], v. 13, n. 29, p. 525–566, 2022. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/aedos/article/view/121759. Acesso em: 29 mar. 2024.