A dignidade das pertenças e os limites do neo-liberalismo: cidadania, catástrofes e Estado

Autores

  • José Manuel Mendes Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.1590/15174522-018004303

Palavras-chave:

Catástrofe. Estado. Capitalismo e neoliberalismo. Vítimas. Performatividade.

Resumo

Neste artigo aborda-se a forma como as catástrofes revelam a lógica de funcionamento e de atuação do capitalismo, e como, no limite, os Estados são o garante último de apoio e de reconstituição dos laços sociais e das comunidades após a ocorrência de um desastre. Argumenta-se neste artigo que o Estado é o mediador e o recurso de última instância que legitima a integração das sociedades no capitalismo global, e que a linha abissal que define os integrados e os descartáveis ou invisíveis percorre tanto o Sul como as pequenas colónias do Norte, tanto as lógicas de regulação/emancipação como as de apropriação/violência que existem tanto no Norte como no Sul globais. O artigo está estruturado em três partes. Numa primeira procede-se a uma discussão sobre as novas formas que assume o capitalismo avançado e o neoliberalismo. Numa segunda parte discute-se criticamente a noção de risco, e como as catástrofes podem ser reveladoras da lógica do capitalismo e dos limites do neoliberalismo. A terceira parte centra-se no papel das vítimas e dos afetados, e da forma como estes exigem uma análise baseada na performatividade, para além da biopolítica de Michel Foucault ou dos regimes de exceção de Giorgio Agamben. 

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Biografia do Autor

José Manuel Mendes, Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra

Professor Auxiliar com Agregação da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra

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Publicado

2016-11-20

Como Citar

MENDES, J. M. A dignidade das pertenças e os limites do neo-liberalismo: cidadania, catástrofes e Estado. Sociologias, [S. l.], v. 18, n. 43, 2016. DOI: 10.1590/15174522-018004303. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/sociologias/article/view/62149. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê - Sociologia da Tradução