A dignidade das pertenças e os limites do neo-liberalismo: cidadania, catástrofes e Estado
DOI:
https://doi.org/10.1590/15174522-018004303Palavras-chave:
Catástrofe. Estado. Capitalismo e neoliberalismo. Vítimas. Performatividade.Resumo
Neste artigo aborda-se a forma como as catástrofes revelam a lógica de funcionamento e de atuação do capitalismo, e como, no limite, os Estados são o garante último de apoio e de reconstituição dos laços sociais e das comunidades após a ocorrência de um desastre. Argumenta-se neste artigo que o Estado é o mediador e o recurso de última instância que legitima a integração das sociedades no capitalismo global, e que a linha abissal que define os integrados e os descartáveis ou invisíveis percorre tanto o Sul como as pequenas colónias do Norte, tanto as lógicas de regulação/emancipação como as de apropriação/violência que existem tanto no Norte como no Sul globais. O artigo está estruturado em três partes. Numa primeira procede-se a uma discussão sobre as novas formas que assume o capitalismo avançado e o neoliberalismo. Numa segunda parte discute-se criticamente a noção de risco, e como as catástrofes podem ser reveladoras da lógica do capitalismo e dos limites do neoliberalismo. A terceira parte centra-se no papel das vítimas e dos afetados, e da forma como estes exigem uma análise baseada na performatividade, para além da biopolítica de Michel Foucault ou dos regimes de exceção de Giorgio Agamben.
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