Intelectuais à prova das barricadas: Félix Guattari e a subjetivação militante de 68
DOI:
https://doi.org/10.1590/15174522-020004703Palavras-chave:
Maio de 68, engajamento, subjetividade, intelectuais, pensamento francêsResumo
O legado do pensamento francês dos anos de 1970 não se resume ao conjunto de problemas teóricos e à inventividade conceitual de seus principais representantes. Sua disposição crítica dependeu de intensa interlocução com o contexto político da época, ponto de certa forma negligenciado pelos especialistas, na maioria das vezes excessivamente focados em abordagens monográficas ou apreciações internas às obras de um determinado autor. Exemplo disso, a militância de Félix Guattari tem sido analisada, sobretudo, a partir do conteúdo propositivo extraído de sua teoria, em detrimento da compreensão da conjuntura social na qual ela encontrou seus limites e seus espaços de significação. Uma de suas iniciativas políticas mais marcantes, o Centre d'études, de recherches et de formation institutionnelles (CERFI), vem merecendo pouca atenção e interesse. Nenhum estudo sistemático sobre a organização foi registrado até este momento entre os pesquisadores brasileiros, situação não muito diferente da observada na França. Com apoio de pesquisa documental realizada no arquivo pessoal do autor, depositado no Institut Mémoires de l’édition contemporaine (IMEC), este artigo apresenta e analisa a proposta guattariana de constituição de um processo de subjetivação militante calcada nos valores de 68, colocado em curso, com todos os impasses e contradições, por meio do CERFI.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.