Tradição e autenticidade em um mundo pós-convencional: uma leitura durkheimiana

Autores

  • Massimo Rosati
  • Raquel Weiss

Palavras-chave:

Sociologia moral. Moral e religião. Sagrado. Self.

Resumo

Neste artigo pretendemos demonstrar por que a teoria durkheimiana ainda é relevante para os debates contemporâneos sobre moral e como a sociologia poderia lidar com a mesma. De certa forma, é um esforço para estabelecer as bases do que seria, hoje, uma sociologia durkheimiana da moral ou, melhor, de como poderíamos conceber uma sociologia contemporânea da moral de inspiração durkheimiana. Para isso, vamos primeiramente reconstruir os elementos ontológicos implícitos à sua visão da moral, destacando uma dimensão que é precisamente a que essa teoria é acusada de negligenciar: uma discussão sobre a natureza humana e as condições para a constituição do eu. Em um segundo movimento, apresentamos algumas considerações "operacionais" sobre o que esta sociologia durkheimiana da moral poderia ser hoje, apontando para o nível de análise com que ela pode lidar, para o que ela pode pretender explicar e - por que não? (acrescentando um toque weberiano) - entender. A etapa final nos leva ao território de uma teoria social normativa, que consiste em uma discussão crítica de moralidades patológicas, do ponto de vista do sofrimento que elas podem infligir ao indivíduo, e dos desafios trazidos pela modernidade tardia, caracterizada por uma multiplicidade de objetos sagrados que habitam o mesmo espaço.

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Como Citar

ROSATI, M.; WEISS, R. Tradição e autenticidade em um mundo pós-convencional: uma leitura durkheimiana. Sociologias, [S. l.], v. 17, n. 39, 2015. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/sociologias/article/view/55359. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê - Sociologia da Tradução