A INTEGRAÇÃO DO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE COMO PROMOTORA DA HUMANIZAÇÃO/SUS

Autores

  • Mirede Barbosa Krawczyk
  • Ana Célia Teixeira de Carvalho Schneider
  • João Luiz Gurgel Calvet da Silveira Universidade Regional de Blumenau (FURB)

DOI:

https://doi.org/10.54909/sp.v2i1.88885

Resumo

A partir da publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais (BRASIL, 2002) pelo MEC para os cursos da área da saúde, denota-se o desafio de integrar sinergicamente a formação e o cuidado, envolvendo as Instituições de Ensino Superior (IES) e o Serviço de Saúde (SUS), representantes de dois setores estratégicos, sem desconsiderar a comunidade, o terceiro, historicamente excluído dessa relação. Para que esta integração ocorra torna-se necessário fomentar uma compreensão de educação como um processo dialógico, reflexivo, problematizador e emancipatório (CABRAL, 2005; MENEZES; SANTIAGO, 2014). Outra dimensão relevante nessa interface entre o cuidado e a formação em saúde é a Política Nacional de Humanização (BRASIL, 2006) que busca estimular a comunicação entre gestores, trabalhadores e usuários, construindo processos coletivos para humanizar as relações de poder, trabalho afeto ampliando a autonomia e a corresponsabilidade dos profissionais de saúde em seu trabalho e dos usuários no autocuidado (BRASIL, 2013). O presente trabalho é parte de uma dissertação de mestrado profissional em saúde coletiva da FURB, composta por três vídeos que narram a construção participativa de uma política municipal de integração ensino-serviço-comunidade no município de Blumenau, Santa Catarina. No contexto acadêmico os vídeos podem ser considerados produtos inovadores, sendo de grande interesse nos mestrados profissionais. O objetivo do presente trabalho é apresentar a IESC como potencializadora da humanização. As cenas foram obtidas a partir de entrevistas no processo de construção dessa política que contou com cinco eventos preparatórios, culminado com uma conferência municipal. Nesse vídeo, com tempo de duração de três minutos, percebe-se o potencial da IESC na concretização da política de humanização, sendo pautada pela participação ativa dos atores envolvidos, favorecendo o protagonismo nos processos de cuidar, aprender e ensinar, indo ao encontro dos princípios da política de humanização do SUS, a saber: inseparabilidade entre a atenção e a gestão dos processos de produção de saúde, protagonismo, transversalidade e autonomia dos sujeitos.

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Biografia do Autor

Mirede Barbosa Krawczyk

Cirurgiã-dentista estatutária, coordenadora do Programa Amigo Especial de Fazenda Rio Grande, Paraná, Brasil.

Ana Célia Teixeira de Carvalho Schneider

Assistente Social, vinculada à Secretaria Municipal de Saúde de Blumenau, Santa Catarina, Brasil

João Luiz Gurgel Calvet da Silveira, Universidade Regional de Blumenau (FURB)

Professor, pesquisador e extensionista da Universidade Regional de Blumenau (FURB). Coordenador do Programa de Pós-graduação - Mestrado Profissional em Saúde Coletiva e do projeto Pet-Saúde GraduaSUS da FURB, Blumenau, Santa Catarina, Brasil.

Referências

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CES 3/2002. Diário Oficial [da] República

Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 4 mar. 2002. Seção 1, p. 10.

_____ Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de

Humanização. Cartilha HumanizaSUS: gestão participativa e co-gestão. 2. ed. Brasília: Ministério da

Saúde, 2006.

_____ Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

CABRAL, A. Pedagogia do Oprimido. Rev. Lusófona de Educação, Lisboa, n. 5, p. 200-204, 2005.

MENEZES, M. G.; SANTIAGO, M. E. Contribuição do pensamento de Paulo Freire para o paradigma curricular crítico-emancipatório. Pro-Posições, Campinas, v. 25, n. 3, p. 45-62, 2014.

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Publicado

2018-12-15

Como Citar

KRAWCZYK, M. B.; SCHNEIDER, A. C. T. de C.; SILVEIRA, J. L. G. C. da. A INTEGRAÇÃO DO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE COMO PROMOTORA DA HUMANIZAÇÃO/SUS. Saberes Plurais Educação na Saúde, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 24–25, 2018. DOI: 10.54909/sp.v2i1.88885. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/saberesplurais/article/view/88885. Acesso em: 28 mar. 2024.

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