A escravidão não acabou: especismo, exploração animal e outras teses inconvenientes
Palavras-chave:
história, ensino de história, escravidão, racismo, especismo, exploração animal, alimentação, meio ambiente,Resumo
A presente atividade desenvolvida através do Programa Institucional de Bolsistas de Iniciação à Docência (PIBID) na Escola Estadual Dr. Paulo Devanier Lauda teve por objetivo demonstrar aos alunos – de uma turma de nono ano – que o especismo, ou seja, a noção de que uma espécie é superior a outra, é uma questão tão problemática e repressora quanto o racismo ou o sexismo. A fim de alcançar nossos objetivos, trouxemos debates a respeito do ato de justificar – histórica, cultural ou cientificamente (lembremo-nos da eugenia) – diferenciações de raça, sexo ou espécie como forma de manter a salvo interesses de determinados grupos de pessoas. A partir de um texto base do filósofo Stephen Law e de um documentário intitulado "A carne é fraca", a atividade consistiu em sensibilizar os estudantes quanto às questões do especismo e exploração animal e as implicações morais, econômicas, ambientais e sociais desta realidade em nossa sociedade. Nossa atividade evidenciou questões filosóficas e históricas relevantes nos debates sobre esse tema, como a lógica de preservação dos preconceitos como mecanismo do conservadorismo em nossas práticas cotidianas e que temos naturalizado e apresentado como comportamentos moralmente aceitos dentro de nosso meio social. Através de relatos da execução da atividade referentes a receptividade dos alunos, apresentaremos de que forma nosso trabalho alcançou seus objetivos, bem como as discussões geradas a partir da curiosidade e do interesse de alguns estudantes com o tema trabalhado.
Downloads
Referências
LAW, S. Devo comer carne? In: Os Arquivos Filosóficos. 1ª edição. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 11-39.
SINGER, P. Libertação Animal, 1975, 205 p. Disponível em: < https://olhequenao.files.wordpress.com/2011/12/peter-singer-libertac3a7c3a3o-animal.pdf>. Acesso em: 29 out. 2015.
Les Cahiers Antispécistes. O que é o especismo? Escrito por OLIVIER, D. e traduzido por MEDINA, B. 1992. Disponível em: . Acesso em 29 out. 2015.
A CARNE é fraca. Produção: Instituto Nina Rosa. Edição: João Landi Guimarães. Imagens, Direção e Roteiro: Denise Gonçalves. Trilha sonora e mixagem: Gustavo Martinelli. Instituto Nina Rosa, 2004, Documentário (54 min), mini DV, color.
-Animais.png. Altura: 650 pixels. Largura: 658 pixels. 364kb. Formato PNG (Portable Network Graphics). Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/-zQrTzDIfv4k/Umqp7Yo2GII/AAAAAAAAEN4/P9a39s8K7dk/s1600/25-Animais.png>. Acesso em 29 out. 2015.
VISTA-SE. Coordenador da OMS afirma que não há um nível seguro para consumo de carnes processadas. Disponível em:<https://vista-se.com.br/coordenador-da-oms-afirma-que-nao-ha-um-nivel-seguro-para-consumo-de-carnes-processadas/>. Acesso em 29 out. 2015.
EL PAÍS. “O público decidirá em quem confiar, na indústria ou em nós da OMS”. Disponível em: <http://brasil.elpais.com/brasil/2015/10/27/ciencia/1445973651_517810.html?id_externo_rsoc=FB_CM>. Acesso em 29 out. 2015.
OLIVEIRA, G. D. A TEORIA DOS DIREITOS ANIMAIS HUMANOS E NÃO-HUMANOS, DE TOM REGAN. Florianópolis, 2004, p. 283-299. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/ethic/article/viewFile/14917/13584>. Acesso em: 29 out. 2015.