O efeito da incerteza política no desempenho e valoração das companhias abertas brasileiras

Autores

Palavras-chave:

Desempenho econômico, Incerteza política, Valoração.

Resumo

O objetivo deste trabalho consistiu em examinar o efeito da incerteza política observado no Brasil nos anos de 2014 a 2016 sobre o desempenho econômico e valoração das companhias abertas. Esta pesquisa contribui para a evolução do conhecimento sobre a temática incerteza política, bem como para aprofundar a análise dos resultados apresentados por estudos que buscaram mensurar e demonstrar os efeitos produzidos por um ambiente de elevada incerteza política e como isso é capaz de afetar tanto a economia como as finanças corporativas. Para indicar o período de incerteza política, a pesquisa utilizou os relatórios Global Ratings para América Latina da Standard and Poors emitidos entre 03/2014 e 02/2016. Para determinação do desempenho econômico, as variáveis dependentes do estudo foram ROE, ROA, ROI, EVA e Ebitda. Para valoração, utilizou-se o Q de Tobin, MVA e Price to Book. A amostra foi composta por 4.658 observações de companhias abertas brasileiras para o período entre 2011 a 2016. Utilizou-se estatística descritiva, testes não paramétricos, análise fatorial e regressão múltipla com dados em painel. Alinhado aos estudos prévios e de acordo com o esperado, observaram-se evidências de que o nível elevado de incerteza política alcançou a atividade econômica na forma de queda de desempenho e destruição do valor de mercado de empresas brasileiras. Estes resultados se mostraram robustos à utilização do índice EPU (Economic Policy Uncertainty) proposto por Baker, Bloom e Davidson (2013).

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Biografia do Autor

Márcia Vanessa Formiga

Mestra em Contabilidade pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), na Linha de Pesquisa em Contabilidade Financeira e Finanças. Master Business Administration em Auditoria Integral pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Pós-Graduada em Direito Tributário pela Unicuritiba (Centro Universitário Curitiba). Graduada em Ciências Contábeis pelo Grupo Bom Jesus (FAE Business School). Possui experiência profissional nas áreas de administração, finanças e contabilidade.

Claudio Marcelo Edwards Barros

Professor da Universidade Federal do Paraná em regime de dedicação exclusiva. Doutor em Contabilidade (Área de Concentração: Contabilidade Financeira e Finanças). Mestre em Contabilidade (Área de Concentração: Contabilidade Financeira e Finanças). Especialista em Auditoria, Contabilidade e Finanças e Gestão Empresarial. Graduado em Ciências Econômicas. Professor de disciplinas no campo de Mercado de Capitais, Métodos Quantitativos Aplicados e Matemática Financeira. Pesquisador na área de Econometria e Análise multivariada aplicadas a Contabilidade e Finanças. Investidor em renda variável (mercado de ações).

Nathiele de Jesus Cezário

Possui graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (1999), Mestrado em Controladoria e Contabilidade pela Universidade de São Paulo (2002) e Doutorado em Controladoria e Contabilidade pela Universidade de São Paulo (2006). Atualmente é Professor Associado do Departamento de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Paraná, desempenhando a função de Chefe do Departamento de Ciências Contábeis para o período 2017-2019, além de ter exercido a função de Coordenador do Curso de Graduação em Ciências Contábeis (2012-2016). É professor permanente do PPGCONT - Programa de Pós-Graduação em Contabilidade desde 2007. Também atua como professor nos cursos de pós-graduação lato sensu ofertados pelo Departamento de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Paraná. Atua nas linhas de pesquisa Contabilidade Financeira e Contabilidade para Usuários Externos: investigação de práticas contemporâneas. Já atuou profissionalmente em empresa de consultoria especializada em Fusões e Aquisições.

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Publicado

2019-12-04

Como Citar

Formiga, M. V., Edwards Barros, C. M., Cezário, N. de J., & Scherer, L. M. (2019). O efeito da incerteza política no desempenho e valoração das companhias abertas brasileiras. Revista Eletrônica De Administração, 25(3), 96–123. Recuperado de https://seer.ufrgs.br/index.php/read/article/view/96608