GERENCIAMENTO DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL NO BRASIL MEDIANTE DECISÕES OPERACIONAIS
Palavras-chave:
Gerenciamento da informação contábil, Manipulação de decisões operacionais, Despesas com Vendas Gerais e Administrativas, Nível de produção, Acumulações discricionáriasResumo
O presente artigo busca identificar evidências do gerenciamento da informação contábil mediante decisões operacionais – earnings management through real activities manipulation – por parte das companhias abertas brasileiras. Embora já existam estudos sobre o gerenciamento da informação contábil no contexto brasileiro, este é o primeiro que investiga esse fenômeno no Brasil mediante a análise das decisões operacionais. Os demais trabalhos analisaram as escolhas contábeis, como o momento de reconhecimento e o critério de mensuração de receitas, despesas, ativos e passivos, mediante modelos de identificação das acumulações discricionárias – discretionary accruals – ou análise de distribuições de freqüência ou, ainda, estudos de caso. Utilizando-se modelos semelhantes aos desenvolvidos por Anderson, Banker e Janakiraman (2003) e Roychowdhury (2005), adotados por Zang (2005), e o modelo desenvolvido por Kang e Sivaramakrishnan (1995), este trabalho investiga se as empresas que manipulam a informação contábil por meio de acumulações discricionárias (uma das proxies de identificação da manipulação mediante escolhas contábeis) também adotam decisões operacionais com o intuito de alterar os números contábeis. As decisões operacionais avaliadas neste artigo dizem respeito ao nível de produção e às Despesas de Vendas, Gerais e Administrativas. As evidências obtidas, numa amostra de 315 empresas brasileiras, não financeiras nem seguradoras, negociadas na Bovespa no período 1998-2004, sugerem que elas gerenciam, sim, os números contábeis mediante decisões operacionais e escolhas contábeis, e que tais escolhas são, em alguns casos, negativamente correlacionadas.
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