O capital financeiro na Operação Urbana Consorciada da Região do Porto do Rio de Janeiro

Autores

  • Marcela Dametto Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-0003.82659

Palavras-chave:

capital financeiro, CEPACS, OUCRPRJ

Resumo

O capitalismo contemporâneo apresenta um tipo de mercadoria denominada finança (CHESNAIS, 2005)[1], que tem sua origem na intensificação da circulação de capital fictício e no aperfeiçoamento do sistema de crédito. As finanças ou “capital financeiro” vêm adquirindo uma movimentação autônoma e fluida, principalmente, a partir dos anos 2000, o que possibilitou sua inversão na produção do espaço urbano. Esta inversão se realiza por meio de estratégias estatais que reestruturam os espaços das cidades a fim de adaptá-las às exigências atuais do modo de produção capitalista. Sendo assim, este artigo busca analisar a dinâmica da inversão de capital financeiro na produção do espaço da Operação Urbana Consorciada da Região do Porto do Rio de Janeiro, concretizada por meio da comercialização de Certificados de Potencial Adicional de Construção, os quais se comportam como ativos financeiros.


[1] Segundo este autor (2005, p.35): “O capital portador de juros (também designado “capital financeiro” ou simplesmente “finança” não foi levado ao lugar que hoje ocupa por um movimento próprio. Antes que se desempenhasse um papel econômico e social do de primeiro plano, foi necessário que os Estados mais poderosos decidissem liberar o movimento dos capitais e desregulamentar e desbloquear seus sistemas financeiros”.

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Biografia do Autor

Marcela Dametto, Universidade de São Paulo

Mestre em Geografia Humana pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, focaliza sua pesquisa no mecanismo de financeirização da produção espacial contemporânea. Atualmente cursa doutorado no Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana da Universidade de São Paulo.

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Publicado

2018-04-25