Pontes imaginárias sob o céu da Manguetown: o Mangue Beat e os novos olhares sobre o Recife

Autores

  • David Tavares Barbosa PPGEO - Universidade Federal de Pernambuco
  • Caio Augusto Amorim Maciel Departamento de Geografia – Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-0003.36483

Palavras-chave:

Recife, Mangue Beat, Rio Capibaribe, Paisagens

Resumo

A questão principal deste trabalho consiste em analisar o movimento Mangue Beat, buscando compreender como os discursos desta cena cultural contribuiram para uma reconstrução e/ou remodelação das paisagens da cidade do Recife, através da criação de novos signos para a urbe e seus espaços públicos. O projeto foi desenvolvido mediante pesquisas iconográficas na produção cultural do Mangue Beat, somado à revisão da literatura acerca da problemática sócio-espacial do Recife e observações técnicas no espaço urbano da cidade. Buscar-se-á apontar nos resultados que a crítica da cidade elaborada pela cena mangue a partir de contribuições diversas, pretendeu ser mais abrangente e integrativa (o estuário ligando todos os pontos e todas as frações de classe da Manguetown, em ebulição e potencialmente em revolta) do que as propostas de transformações urbanas desenvolvidas pela prefeitura, posterior ao debate crítico promovido pelo referido movimento.

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Biografia do Autor

David Tavares Barbosa, PPGEO - Universidade Federal de Pernambuco

Bacharel em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE (2011), com estágio desenvolvido na Universidade Nova de Lisboa, em Portugal (2009-2010). Atualmente é aluno bolsista CAPES do mestrado no Programa de Pós Graduação em Geografia da UFPE (PPGEO-UFPE). Pesquisador do Laboratório de estudos sobre Espaço, Cultura e Política (LECgeo-UFPE), laboratório de estudos interdisciplinar com foco em Geografia Cultural, coordenado pelo professor Caio Augusto Amorim Maciel, do Departamento de Ciências Geográficas da UFPE. Integra o núcleo de pesquisa Geotramas, vinculado ao LECgeo-UFPE, desenvolvendo trabalhos sobre Geografia Urbana numa perspectiva política e cultural, com ênfase na relação entre imaginário geográfico e gestão dos espaço públicos. É um dos coordenadores do projeto de extensão "Cineclube LECgeo", que apresenta o objetivo de divulgar e problematizar filmes e documentários que reflitam as áreas de estudos e atuação concernentes à geografia cultural.

Caio Augusto Amorim Maciel, Departamento de Geografia – Universidade Federal de Pernambuco

Graduado em Agronomia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1989), possui Mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco (1993), sob orientação de José Grabois e Doutorado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004), sob orientação de Iná Elias de Castro, tendo realizado Doutorado-sanduíche na França (Université de Pau et des Pays de l'Adour), sob orientação de Vincent Berdoulay. Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal de Pernambuco, integrando o Programa de Pós-Graduação em Geografia. Coordena o Laboratório de estudos sobre Espaço, Cultura e Política (LECgeo), grupo de estudos interdisciplinar com foco em Geografia Humana, Social e Cultural. Tem experiência na área de Geografia Humana, com ênfase em Geografia Agrária e Cultural, e interesse nos temas: Nordeste brasileiro, sertão semiárido, retórica da paisagem, paisagem cinematográfica, espaço público, plantation canavieira e assentamentos rurais.

Publicado

2012-09-11

Edição

Seção

Artigos