AS TRAMAS DO CAPITALISMO ENTRELAÇANDO AS RELAÇÕES FRONTEIRIÇAS
DOI:
https://doi.org/10.22456/1982-0003.101113Palavras-chave:
Fronteira, território, capitalismo, identidade, desigualdadeResumo
O presente texto discute as reflexões obtidas no Trabalho de Campo em um acampamento de luta pela terra localizado na Linha Internacional Brasil-Paraguai, no município de Mundo Novo. Nossas observações partiram de uma metodologia de Campo que buscou diálogo direto com os moradores, buscando compreender a lutas pessoais e coletivas, suas trajetórias/histórias de vida e o seu cotidiano, além das dificuldades enfrentadas nesse território. Durante a pesquisa constatamos uma divisão interna entre as cerca de 60 famílias, relacionadas, principalmente às nacionalidades: brasileira, paraguaia e “brasiguaios”. A instrumentalização da pesquisa através do Trabalho de Campo nos possibilitou a percepção de um espaço complexo, disputado por diferentes forças da sociedade e que tem enfrentado problemáticas internas e externas, para buscar sua resiliência e adquirir a posse de seu lote. Por fim, o campo nos propiciou entender os processos de desigualdade e exclusão enfrentados no acampamento, criando alteridade entre as famílias.