A comunicação dos afetos no tango

função, improvisação, sexualidade e ambivalências na linguagem da dança

Autores

  • Paulo Roberto Masella Lopes

DOI:

https://doi.org/10.19132/1807-8583201532.83-101

Palavras-chave:

Espaço semiótico. Linguagem corporal. Identidade de gênero. Ambivalência. Sistema cultural. Tango.

Resumo

Apesar de seu complexo sistema de codificação, a linguagem do tango como dança somente pode ser compreendida por intermédio das constantes improvisações que seus pares executam, exigindo uma fina sintonia nas suas intenções de movimento. No entanto, a linguagem do tango excede essas circunstâncias, constituindo-se numa comunicação dos afetos que se revela em uma experiência única que não pode ser reproduzida. Ainda que se queira fazer do tango uma representação da sensualidade entre o homem e a mulher, propõe-se aqui uma crítica dessa identidade de gêneros, mostrando que sua expressão estética transcende essa determinação social, angariando um conjunto de representações ambivalentes que não se sujeitam a interpretações únicas. Neste artigo, embora se conceba o tango como um espaço semiótico próprio, busca-se também compreender sua linguagem corporal como um complexo sistema cultural aberto a constantes ressignificações através de algumas associações com outras formas de linguagem e representações sociais.

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Biografia do Autor

Paulo Roberto Masella Lopes

Doutor e mestre em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Bacharel e Licenciado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo FFLCH-USP  Área de concentração: Teoria e Pesquisa em Comunicação. Linha de pesquisa: Epistemologia, Teoria e Metodologia da Comunicação.

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Publicado

2015-06-05

Como Citar

Masella Lopes, P. R. “A comunicação Dos Afetos No Tango: Função, improvisação, Sexualidade E Ambivalências Na Linguagem Da dança”. Intexto, nº 32, junho de 2015, p. 83-101, doi:10.19132/1807-8583201532.83-101.

Edição

Seção

Artigos