A (des)continuidade do cuidado da amamentação na prisão: percepção dos profissionais e gestores de saúde
Resumo
Objetivo: descrever a percepção de profissionais e gestores de saúde do sistema prisional sobre a continuidade do cuidado na amamentação para lactantes privadas de liberdade.
Método: pesquisa descritivo-exploratória, abordagem qualitativa, desenvolvida em unidade prisional no Rio de Janeiro de dezembro de 2022 a janeiro de 2023. Entrevistados: cinco profissionais de saúde e dois gestores. Utilizou-se análise de conteúdo de Bardin com auxílio do software Atlas.ti, que conta com recursos avançados para auxiliar o pesquisador na organização, análise e interpretação dos dados.
Resultados: as ações que favorecem a continuidade do cuidado para amamentação foram: ações educativas, tendo os profissionais como rede de apoio, e a troca de conhecimentos entre profissionais e lactantes. Entretanto, existem ações que fragilizam a continuidade do cuidado, favorecendo o desmame precoce: introdução alimentar antes de seis meses, carência de orientações de familiares, afastamento mãe-bebê sem planejamento e inexistência de rede de atenção à saúde com o sistema prisional.
Conclusão: a percepção dos profissionais e gestores é que existe promoção da continuidade do cuidado à amamentação no cárcere. Porém, há elementos dificultadores que contribuem para a descontinuidade do aleitamento materno. Surge então um desafio para a garantia da saúde de forma equitativa e integral de lactantes e bebês.
Descritores: Amamentação. Continuidade da Assistência ao Paciente. Prisões. Profissionais de Saúde. Gestor de Saúde.
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