Universidades estaduais paulistas e políticas de formação docente: confrontos e tensões no início da década de 2010
DOI:
https://doi.org/10.21573/vol37n12021.105106Palavras-chave:
Formação De Professores. Educação Básica. Políticas Educacionais.Resumo
Aborda-se o confronto entre o governo do Estado de São Paulo e as três universidades paulistas, em torno da formação de professores, em nível superior, em decorrência da deliberação n° 111/2012, que as obrigou a adotarem, nas matrizes curriculares, uma dimensão mais prática e menos teórica. Para tanto, analisaram-se documentos e depoimentos de atores representativos. Constatou-se cenário altamente polarizado, comunidade epistêmica com matizes corporativistas e relativização da autonomia universitária.
Downloads
Referências
AZANHA, J. M. P. O ensino superior e sua articulação com os ensinos fundamental e médio. Revista da Faculdade de Educação, vol.15, n.2, p. 266-270, 1989.
BRASIL. LEI nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 20 dez. 1996. Seção 1, p. 27833.
CALDERÓN, A. I.; FEDRE, J. P. José Querino Ribeiro: o fayolismo na administração escolar e a defesa da eficiência dos serviços educacionais. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação, v. 32, p. 358-604, 2016.
CONSELHO DE REITORES DAS UNIVERSIDADES PAULISTAS. Ofício n° 020/2013, mimeo, 2013.
FOUCAULT, M. Arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.
FÓRUM DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Carta ao CEE, mimeo, 2012.
FOLHA DE SÃO PAULO. Formação de professor fica longe da realidade da escola. Folha de São Paulo, Educação, 04 agosto 2013.
GATTI, B. A. O que se percebe é que a questão da docência é sempre relegada como se fosse algo menor. Cadernos Cenpec, São Paulo, v.4, n.2, p.248-275, dez, 2014.
HAAS, P. Introduction: Epistemic Communities and International Policy Coordination. International Organization, [S. l.], v. 46, n.1, p.1-35, 1992.
NEUBAUER, R.; CRUZ, N. Formação de professores: novas diretrizes curriculares para o sistema de ensino de São Paulo. In: Plenária Nacional do Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação – FNCE, XLIV, 2015, Maceió. Anais... Maceió: FNCE, 2015.
SANDER, B. Consenso e Conflito: perspectivas analíticas na pedagogia e na administração da educação. São Paulo: Pioneira, 1984.
SÃO PAULO (Estado). Conselho Estadual de Educação. Deliberação CEE nº 111/2012. Fixa Diretrizes Curriculares Complementares para a Formação de Docentes para a Educação Básica nos Cursos de Graduação de Pedagogia, Normal Superior e Licenciaturas, oferecidos pelos estabelecimentos de ensino superior vinculados ao sistema estadual. Diário Oficial do Estado de São Paulo, Seção I, p. 44, 15 mar. 2012.
SÃO PAULO (Estado). Conselho Estadual de Educação. Deliberação CEE 78/2008. Fixa normas complementares para a formação dos profissionais docentes em cursos de licenciatura para a educação básica, oferecidos pelos estabelecimentos de ensino superior, vinculados ao sistema estadual ressalvada a autonomia universitária. Diário Oficial do Estado de São Paulo, Seção I, p. 25, 04 dez. 2008.
SÃO PAULO (Estado). Conselho Estadual de Educação. Deliberação CEE 126/2014. Altera dispositivos da Deliberação 111/2012. Diário Oficial do Estado de São Paulo, Seção I, p. 28, 05 jun. 2014.
TAKAHASHI, F. Após pressão, formação de professor terá menos teoria e mais aula prática. Folha de São Paulo, Educação, 28 de Out. 2015.
TAKAHASHI, F. Muita teoria e pouca prática formam os professores. Folha de São Paulo, Educação, 4 de agosto 2015.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO [USP]. Faculdade de Educação. Moção de repúdio a deliberação do CEE n° 111/2012, mimeo, 2012.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS [UNICAMP]. Faculdade de Educação. Manifesto à deliberação CEE n° 111/2012, mimeo, 2012
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA [UNESP]. Professores do curso de pedagogia da Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC) – Campus Marília. Carta aberta à comunidade universitária do estado de São Paulo, mimeo, 2012a.
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA [UNESP]. Comissão permanente dos cursos de licenciatura da UNESP. Carta aberta à comunidade universitária do estado de São Paulo. Manifesto da Comissão dos Cursos de Licenciatura da UNESP, mimeo, 2012b.
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA [UNESP]. Conselho de Pedagogia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNESP. Moção de repúdio à deliberação CEE 111/2012, mimeo, 2012c.
WEBER, M. Sobre a universidade: o poder do estado e a dignidade da profissão acadêmica. São Paulo: Cortez, 1989.
WEBER, M. Ciência e política: duas vocações. São Paulo: Cultrix, 1970.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A Revista Brasileira de Política e Administração da Educação de Associação Brasileira de Política e Administração da Educação utiliza como base para transferência de direitos a licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional, para periódicos de acesso aberto (Open Archives Iniciative - OAI). Por acesso aberto entende-se a disponibilização gratuita na Internet, para que os usuários possam ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar ou referenciar o texto integral dos documentos, processá-los para indexação, utilizá-los como dados de entrada de programas para softwares, ou usá-los para qualquer outro propósito legal, sem barreira financeira, legal ou técnica.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.