https://seer.ufrgs.br/index.php/rbea/issue/feed Revista Brasileira de Estudos Africanos 2025-04-05T18:12:14-03:00 RBEA rbea.fce@ufrgs.br Open Journal Systems <p>A Revista Brasileira de Estudos Africanos (RBEA) é uma publicação semestral, bilíngue (português e inglês), e em formato digital, do Centro Brasileiro de Estudos Africanos (Cebrafrica) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)/Brasil. Com conceito Qualis Capes A4, a RBEA publica artigos científicos sobre as <strong>Relações Internacionais da África</strong>. Artigos originais de pesquisa ou revisão com ênfase na Política Externa dos países africanos, Cooperação Internacional, Organizações de Integração, Segurança e Defesa, Sistemas Políticos, Desenvolvimento Econômico, Estruturas Sociais, Correntes de Pensamento, bem como processos históricos e geopolíticos que abordem a dimensão internacional dos eventos africanos se enquadram no escopo da Revista. A RBEA é um veículo estritamente acadêmico sem qualquer vínculo governamental ou com fundações estrangeiras. </p> <p>A RBEA tem como público-alvo pesquisadores, professores e estudantes interessados nas especificidades do continente africano e de sua inserção internacional. Combinada a esta perspectiva, a Revista pretende ampliar o debate sobre a projeção brasileira e seus esforços de cooperação (inclusive em Defesa) com países africanos no perímetro do Atlântico Sul e a construção de uma identidade regional frente a um cenário de transformações geopolíticas. </p> <p>Dessa forma, esperamos a contribuição de pesquisadores do Brasil e do exterior, estudiosos da África Contemporânea, com os quais pretendemos estabelecer vínculos para o aprofundamento do conhecimento e a construção de uma visão do Sul sobre o continente africano e de suas Relações Internacionais.</p> https://seer.ufrgs.br/index.php/rbea/article/view/146761 EDITORIAL 2025-04-05T18:12:14-03:00 Analúcia Danilevicz Pereira rbea.fce@ufrgs.br 2025-04-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de Estudos Africanos https://seer.ufrgs.br/index.php/rbea/article/view/142484 O REDIRECIONAMENTO ESTRATÉGICO DA RÚSSIA PARA A ÁFRICA: IMPLICAÇÕES GEOPOLÍTICAS EM UM MUNDO MULTIPOLAR 2024-10-23T12:17:02-03:00 Habib Badawi habib.badawi@ul.edu.lb <p><span style="font-weight: 400;">Esse estudo examina o redirecionamento estratégico da Rússia para a África, analisando as motivações, abordagens e implicações do engajamento renovado de Moscou com o continente. Utilizando um enquadramento teórico multifacetado que incorpora neorrealismo, construtivismo, neoimperialismo,</span><em><span style="font-weight: 400;"> soft power</span></em><span style="font-weight: 400;">, e geoeconomia, a pesquisa explora como a estratégia africana da Rússia reflete mudanças mais amplas na dinâmica do poder global. Esse estudo investiga a cooperação econômica, a assistência militar, o alcance diplomático, e as iniciativas de desenvolvimento de infraestrutura da Rússia na África, usando estudos de caso do Sudão, da República Centro-Africana, e do Norte da África. Considera os desafios e limitações da abordagem russa, bem como os potenciais impactos na influência ocidental, na agência africana, e na emergente ordem global multipolar. A pesquisa conclui que o envolvimento da Rússia na África é parte de uma estratégia mais ampla de desafio à dominância ocidental e de promoção da multipolaridade, com implicações significativas para a teoria e prática das relações internacionais.</span></p> 2025-04-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de Estudos Africanos https://seer.ufrgs.br/index.php/rbea/article/view/144853 A POLÍTICA EXTERNA EGÍPCIA SOB O GOVERNO AL-SISI: CAMINHOS PARA A DIVERSIFICAÇÃO DE PARCERIAS 2025-01-24T11:32:04-03:00 Charles Pereira Pennaforte charlespennaforte@gmail.com Mateus José Da Silva Santos mateus_santos29@hotmail.com <p><span style="font-weight: 400;">Uma década depois do início do governo de Abdel Fatah Al-Sisi, o Egito convive com um complexo quadro doméstico, envolvendo os desafios emergentes diante da consolidação político-institucional após os ventos da Primavera Árabe, as consequências econômicas e sociais da elevação da vulnerabilidade externa, além dos esforços de reinserção em diferentes arenas regionais e globais. Em meio a tais circunstâncias, transformações no desenvolvimento da sua política externa conciliam um discurso de retomada plena da ação externa a partir da última década com a busca pela instrumentalização da sua posição geoestratégica entre a África e o Mundo Árabe em favor de novos investimentos externos e reversão do adverso quadro macroeconômico, caracterizado pela desvalorização da libra egípcia, crescimento da inflação e déficits na balança comercial. Tal processo, contudo, tem raízes nos esforços de diversificação das relações exteriores, aspecto observado desde os anos finais do Governo Mubarak, atravessando as mudanças ocorridas no plano doméstico a partir de 2011. Diante disso, esse artigo analisa as principais características que envolvem o processo de reposicionamento global e regional do Egito a partir da última década. Na intersecção entre a Análise dos Sistemas-Mundo (ASM) e a Análise da Política Externa (APE), avalia-se o potencial egípcio em ocupar uma posição histórica de articulação entre as dinâmicas globais e regionais, considerando sua condição enquanto Estado Ponte entre dois continentes. Por meio de análise qualitativa, combinando a exploração de um processo de revisão da literatura especializada no Egito contemporâneo e textos jornalísticos, busca-se responder às seguintes questões: qual a natureza do processo de diversificação das relações externas empreendido pelo Egito? Como os desafios macroeconômicos e geopolíticos contemporâneos limitam ou oportunizam a produção de um tipo de inserção autonomista por parte do Cairo? Argumenta-se que, em meio à aceleração do declínio da hegemonia estadunidense, o Egito cultiva uma estratégia de inserção internacional de caráter autonomista, aproximando-se do chamado mundo emergente, retomando sua inserção em eixos regionais tradicionais de ação, num processo que não perpassa necessariamente pelo abandono de seus laços com o chamado Mundo Ocidental.</span></p> 2025-04-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de Estudos Africanos https://seer.ufrgs.br/index.php/rbea/article/view/143235 O ACORDO TRIPARTIDO COMESA -EAC-SADC NO CONTEXTO DA IMPLEMENTAÇÃO DA COMUNIDADE ECONÔMICA AFRICANA (CEA) 2025-02-11T09:35:48-03:00 Almeida Zacarias Machava amachava@um.edu.mo Tomás Bernardo Chirindza chirindzatomas11@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">O fim último do processo de integração regional na África é a criação de um mercado africano economicamente integrado — Comunidade Econômica Africana (CEA) — dentro de um prazo de 34 anos, de 1994 – 2028, seguindo-se as etapas previstas no Tratado de Abuja. A União Africana, enquanto promotora desse processo, reconhece oito Comunidades Econômicas Regionais (CER’s) para a concretização do seu objetivo. Entretanto, tal processo enfrenta vários obstáculos, desde a múltipla filiação dos Estados nas CER’s, às excessivas Barreiras Tarifárias e Não-Tarifárias. É nesta perspectiva que o presente estudo objetiva demonstrar como o Acordo Tripartido constitutivo da Zona Tripartida de Livre Comércio COMESA-EAC-SADC pretende ultrapassar os referidos obstáculos e, dessa forma, proporcionar à África a integração econômica dos seus mercados. Fruto de uma abordagem qualitativa, o resultado da pesquisa é pragmático ao reconhecer que o Acordo Tripartido é um grande passo e um caminho para a implementação efetiva da CEA. Todavia, reconhece igualmente que o mesmo enfrentará vários desafios para a sua implementação, desde a assimetria das economias africanas formadoras do Acordo, à falta de infraestruturas e à debilidade institucional. </span></p> 2025-04-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de Estudos Africanos https://seer.ufrgs.br/index.php/rbea/article/view/141971 MOÇAMBIQUE: O EXTREMISMO VIOLENTO E O TERRORISMO NA PROVÍNCIA DE CABO DELGADO 2024-10-07T21:49:55-03:00 Ercilio Neves Brandão Langa ercilio.langa@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">O artigo analisou o terrorismo na Província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique. Objetivou compreender o conflito, examinar os processos de radicalização de jovens e, verificar as causas a partir de tipologias e categorias de análise. Usou a metodologia qualitativa, combinada com a revisão bibliográfica e pesquisa documental. Mobilizou teorias do conflito: choque de civilizações de Huntington, privação relativa de Ted Gurr e novas guerras de Mary Kaldor. Por que razão Moçambique se tornou o mais novo epicentro do extremismo religioso violento e do terrorismo na África Subsahariana? Três tipos de perspectivas – doméstica, internacional e a maldição de recursos – explicam as causas do conflito. Ao lado de questões religiosas, a disputa por recursos naturais e minerais constituem razões do conflito, que mudou a política doméstica e externa do país, aproximando o Governo de regimes autoritários e ditatoriais de África e da Europa. Diante da ineficácia das forças de defesa e segurança nacionais, o Estado internacionalizou o conflito autorizando a entrada de corporações militares privadas e exércitos estrangeiros, militarizando e criando uma salada de intervenções no país.</span></p> 2025-04-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de Estudos Africanos https://seer.ufrgs.br/index.php/rbea/article/view/141947 INFLUXOS TECNOLÓGICOS ORIUNDOS DO INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO NO QUÊNIA 2025-01-23T10:33:52-03:00 Naftlay Mose nafsmose86@gmail.com Omonike Ige-Gbadeyan omonikeigegbadeyan@gmail.com John Thomi thomijohn18@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">Este estudo examina o papel do influxo de investimento estrangeiro direto (IED) na inovação tecnológica no Quênia. O resultado pode ajudar o governo a formular políticas que atraiam o influxo de IED para promover novas tecnologias, inovação, conhecimento e influxo de capital financeiro. Para isso, utiliza a abordagem de estimativa </span><em><span style="font-weight: 400;">Autoregressive Distributed Lag </span></em><span style="font-weight: 400;">(ARDL) com dados de séries temporais de 1980 a 2022 para o Quênia. Os resultados indicam que o investimento estrangeiro direto e o capital humano levam a um aumento na inovação tecnológica a longo prazo. Por outro lado, a abertura comercial e o crescimento econômico impactam negativamente a inovação tecnológica a longo prazo. Além disso, o resultado indica que há uma relação causal, no sentido de Granger, entre o influxo de IED e a inovação tecnológica. O governo deve desenvolver políticas designadas para criar um ambiente propício para atrair investimento estrangeiro direto. As políticas devem se concentrar em encorajar </span><em><span style="font-weight: 400;">joint ventures</span></em><span style="font-weight: 400;"> e colaborações com parceiros locais, incentivos específicos da indústria, promoções de investimentos e incentivos fiscais. Os influxos de IED trazem tecnologias avançadas, </span><em><span style="font-weight: 400;">know-how</span></em><span style="font-weight: 400;"> gerencial e melhores práticas, que podem aumentar as capacidades inovadoras e a produtividade das empresas nacionais.</span></p> 2025-04-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de Estudos Africanos https://seer.ufrgs.br/index.php/rbea/article/view/141387 IMPACTO SOCIOECONÔMICO DO SISTEMA FERROVIÁRIO NIGERIANO MODERNIZADO PELOS CHINESES 2024-10-16T10:31:04-03:00 Olaoluwanike Comfort Ogunrinu nikcom247@gmail.com Lemuel Ekedegwa Odeh lemuelodeh@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">A modernização das ferrovias tem um efeito de longo prazo no aprimoramento do desenvolvimento nacional quando há comprometimento com a melhoria do setor. A China tem estado fortemente envolvida na renovação e reabilitação do setor ferroviário nigeriano, e seu papel no processo deu à ferrovia uma nova perspectiva nos últimos tempos. A contribuição da modernização ferroviária como meio de transporte promove o desenvolvimento da infraestrutura e o avanço econômico. Portanto, este artigo examinou o impacto socioeconômico da modernização ferroviária na Nigéria, a promoção da harmonização social por meio de viagens ferroviárias e o notável desenvolvimento econômico registrado como resultado da modernização ferroviária. O objetivo deste artigo é investigar a extensão do impacto da ferrovia nos últimos tempos sobre os nigerianos e como ela melhorou a socialização. O artigo adotou o método histórico e analítico para analisar os dados. Identificou, ainda, diversas complexidades e desafios da modernização ferroviária enfrentados pelos </span><em><span style="font-weight: 400;">stakeholders</span></em><span style="font-weight: 400;"> envolvidos. Conclui-se que o envolvimento da China na atualização da modernização da ferrovia nigeriana tem um impacto positivo sobre os nigerianos, embora haja mais melhorias que precisam ser feitas para manter as instalações modernizadas.</span></p> 2025-04-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de Estudos Africanos https://seer.ufrgs.br/index.php/rbea/article/view/143469 POBRE DEMAIS PARA A PAZ: MULHERES NO PROGRAMA DE ANISTIA DO DELTA DO NÍGER NA NIGÉRIA 2025-01-28T10:01:55-03:00 Jacinta Chiamaka Nwaka jacinta.nwaka@uniben.edu Lilian Chidiebere Onyeiwu lilian.onyeiwu@uniben.edu Marcel Alkali marcel.alkali@uniben.edu <p><span style="font-weight: 400;">Diferentemente da maioria dos programas de Desarmamento, Desmobilização e Desintegração (DDR), o Programa de Anistia do Delta do Níger (NDAP) foi planejado, patrocinado e implementado localmente. Isso levantou esperanças sobre seu potencial para abordar, consideravelmente, o problema na região, especialmente nas bases. Independentemente da enorme literatura que apareceu alguns anos após sua adoção aplaudindo o sucesso do programa em restaurar a paz na região, a crise está muito longe de acabar. Entre as explicações para as limitações do programa está a sua falta de inclusão, especialmente sobre o gênero feminino. Este artigo, usando métodos históricos e analíticos, examina a base da exclusão das mulheres no programa. Ele apoia a posição de que as correntes subjacentes na exclusão das mulheres em programas DDR planejados localmente na África podem não diferir consideravelmente do que é obtido em programas de propriedade internacional.</span></p> 2025-04-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de Estudos Africanos https://seer.ufrgs.br/index.php/rbea/article/view/141359 RESENHA DE “25 ANOS DE COOPERAÇÃO EM DEFESA NA CPLP”, DE KAMILLA RAQUEL RIZZI E LUÍS MANUEL BRÁS BERNARDINO 2024-10-23T12:17:36-03:00 Irina Lima Martínez universityirina@gmail.com Nathaly Xavier Schutz nathalyschutz@unipampa.edu.br 2025-04-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de Estudos Africanos