https://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/issue/feedPara Onde!?2025-01-08T16:06:05-03:00Revista PARAONDE!?para-onde@ufrgs.brOpen Journal Systems<p>A revista Para Onde!? é uma publicação do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul que visa difundir o conhecimento geográfico e de áreas afins, concentrando-se nas temáticas território, ambiente e ensino. O periódico publica artigos, resenhas, entrevistas, traduções e crônicas de campo em português, espanhol e inglês e lança, periodicamente, editais para edições especiais, temáticas. Desde 2021 a revista tem fluxo de publicação contínuo, consolidada em um volume e dois números ao ano.</p> <p><strong>ISSN - 1982-0003</strong></p> <p><strong>DOI - <a href="https://doi.org/10.22456/1982-0003">https://doi.org/10.22456/1982-0003</a></strong></p>https://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/145099CRISE E NORMALIDADE NOS FLUXOS MIGRATÓRIOS EM CORUMBÁ, MS (2018-2022)2025-01-08T16:06:05-03:00Jackeline Cristina Nogueira Guerrerojackeline.guerrero@ufms.brAdriana Dorfmanjackeline.guerrero@ufms.br<p>No contexto das migrações de crise, partindo dos registros administrativos da Polícia Federal (PF) da entrada de imigrantes internacionais, discutem-se os fluxos migratórios de 2018 a 2022 em Corumbá-MS, fronteira Brasil-Bolívia. Nesse período, a crise global disseminada pela pandemia nos atravessou em diferentes aspectos (sanitários, econômicos e políticos), e se somou a crises nacionais pré-existentes no Haiti, na Venezuela e em outros países. Foram consultadas referências bibliográficas e ouvidos policiais federais, com vistas a interpretar os dados estatísticos coletados no Ponto de Migração Terrestre em Corumbá (PMTC), da PF. Além disso, discutiu-se, a partir da experiência dos autores, a acolhida dada aos migrantes pendulares e em trânsito, na cidade de Corumbá. Historicamente, os registros de entrada pelo PMTC se constituem como normalidade, e não como crise, dada a condição fronteiriça da cidade.</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> Fluxos migratórios. Migrações de crise. Ponto de Migração Terrestre em Corumbá. Condição fronteiriça.</p>2025-01-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Jackeline Cristina Nogueira Guerrero, Adriana Dorfmanhttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/137535MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS E DESAFIOS DA BAIXA POLÍTICA EM FRONTEIRA: COLETA E LEITURA DE DADOS NA ASSISTÊNCIA SOCIAL EM CORUMBÁ, MS, BRASIL2024-09-03T09:54:20-03:00Junior Rodrigues dos Santos Rosalesjr_kairos@hotmail.comGilberto Xavier Loiogilberto.loio@ufms.brMarco Aurelio Machado de Oliveiramarco.cpan@gmail.com<p>Este artigo tem objetivo de demonstrar primeiros resultados obtidos a partir de pesquisa-ação, que tem como premissa o aprimoramento das práticas de coletas e leituras de dados na Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania de Corumbá, MS, Brasil. A metodologia adotada pelo Migrafron consistiu em duas frentes. A primeira, relacionada aos procedimentos na Casa do Migrante implicou na criação de meios confiáveis, estáveis e gratuitos de captura digital dos dados que são coletados manualmente ali. A segunda partiu dos procedimentos adotados por Oliveira, Almeida e Aguilar (2020), que consistia em trazer à luz dados disponíveis nos ambientes digitais que a municipalidade possuía. Assim, ao acessarmos dados que eles têm na base do CadUnico, foi possível trazer informações relativas aos migrantes internacionais e que estavam invisíveis aos olhares dos servidores. Os resultados demonstram que é factível a construção de base cartográfica digital e dinâmica para subsidiar tomadas de decisão quanto aos atendimentos aos migrantes internacionais.</p>2025-01-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Junior Rodrigues dos Santos Rosales, Gilberto Xavier Loio, Marco Aurelio Machado de Oliveirahttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/137514PRÁTICAS TRANSLÍNGUES NO INSTITUTO MOINHO CULTURAL SUL-AMERICANO NA FRONTEIRA BOLÍVIA-BRASIL: LÍNGUAS, CULTURAS E IDENTIDADES2024-06-03T20:20:17-03:00Suzana Vinicia Mancilla Barredasuzana.mancilla@ufms.brLorene Fernandez dall Negro Ferrarihispanico@hispanico.com.brAline do Carmo Souza Portugalaline.c.s.portugal@ufms.br<p>O Instituto Moinho Cultural Sul-Americano é uma iniciativa social que atende crianças e jovens da região fronteiriça, envolvendo quatro municípios entre a Bolívia e o Brasil com a oferta de atividades de formação artística, complementada com a prática nas línguas de comunicação da região: o português e o espanhol. Este artigo trata sobre a implementação dos princípios da translinguagem nas práticas linguísticas realizadas nesse ambiente de educação não escolar, mediante um projeto de extensão aprovado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e conta com o apoio de pesquisadores da Universidade Estadual de MS, especialistas na área. A pesquisa qualitativa, de cunho etnográfico, objetiva desenvolver e registrar as atividades realizadas no transcorrer do projeto de extensão para sua posterior análise e reflexão. A ação prevê a participação de acadêmicos do curso de Letras do Campus do Pantanal da UFMS, na função de colaboradores auxiliares. O projeto em andamento tem propiciado a sensibilidade e reflexão dos participantes quanto ao repertório linguístico próprio e dos seus companheiros, com atitudes de reconhecimento da diversidade em um exercício que busca promover a justiça social.</p>2025-01-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Suzana Vinicia Mancilla Barreda, Lorene Fernandez dall Negro Ferrarihttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/137453ACOLHIMENTO DE ALUNOS PENDULARES EM PROJETOS ESPORTIVOS NA FRONTEIRA BRASIL-BOLÍVIA: BARREIRAS (IN)VISÍVEIS NOS DISCURSOS DOCENTES2023-12-14T14:36:05-03:00Carlo Henrique Golincarlo.golin@ufms.brGilson Pacolaayala_pacola@yahoo.com.br<p><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">Unidades educacionais situadas em regiões fronteiriças usualmente lidam com situações peculiares. Em escolas localizadas na cidade brasileira de Corumbá, em Mato Grosso do Sul (MS), que faz fronteira com a Bolívia, analisou-se a percepção dos profissionais de Educação Física que atuaram em projetos esportivos em escolas públicas (estaduais e municipais), especificamente quanto à participação de discentes que moram na Bolívia e estudam no Brasil, intitulados academicamente como “alunos pendulares”. O estudo, de natureza qualitativa, adaptou a metodologia adotada por Moreira, Simões e Porto (2005). A pesquisa objetivou responder se existem “barreiras” para a participação de alunos pendulares nas práticas de Esporte Escolar (extracurricular) oferecidas como política pública gratuita no Brasil. Para definir a amostragem de docentes, utilizou-se o cruzamento de informações disponíveis em documentos públicos de ambas as redes de ensino. Selecionaram-se aqueles que integraram, no período de 2017 a 2022, o Programa MS Desporto Escolar (Prodesc), desenvolvido nas escolas da Rede Estadual de Ensino (REE) de MS e o Projeto de Iniciação e Treinamento Esportivo das escolas da Rede Municipal de Ensino (Reme), todas em Corumbá-MS. Os resultados indicaram que os maiores obstáculos dos alunos pendulares são a falta de transporte escolar e a deficiência da formação acadêmica complementar e continuada dos professores, além da dificuldade de comunicação entre os docentes brasileiros e os alunos oriundos da Bolívia.</span></span></span></span></span></p>2024-12-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Carlo Henrique Golin, Gilson Pacolahttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/137430RELIGIOSIDADE EM TERRITÓRIO FRONTEIRIÇO: NOSSA SENHORA DO PANTANAL E SUAS SIMBOLOGIAS2024-06-03T20:22:22-03:00Erica dos Santos Oliveiraericasantos566@gmail.com<p>A religiosidade em áreas de fronteira é influenciada pela diversidade cultural e étnica, resultando em uma variedade de crenças, práticas e interações religiosas. Este trabalho tem como objetivo analisar a religiosidade presente na cidade fronteiriça de Corumbá na figura de Nossa Senhora do Pantanal. Para tanto, partiu-se de levantamento bibliográfico, entrevistas com representantes do clero em Corumbá, de devotos de Nossa Senhora do Pantanal e de documentos do poder público e da diocese. A pesquisa possibilitou perceber que existe uma religiosidade na cidade de Corumbá, e que essas manifestações de fé se tornam possíveis atrativos turísticos para a região, misturando visitantes, devotos, empresários, poder público, tornando-se não somente uma forma de culto e de busca de paz, mas um produto a ser consumido. Cabe notar que o trabalho é resultado da pesquisa de mestrado com atualização de dados.</p>2025-01-13T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Erica Dos Santos Oliveirahttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/137383FRONTEIRA, GLOBALIZAÇÃO E AGROECOLOGIA NA FEIRA LIVRE DE LADÁRIO/MS, BRASIL2024-06-03T20:21:11-03:00Elvis Augusto Souza da Rochaelvispedagogo@hotmail.comEdgar Aparecido da Costaedgarac10@gmail.com<p>A globalização, a agroecologia e o desenvolvimento sustentável são temas interconectados que estão em evidência na sociedade atual. Este artigo tem como objetivo comparar a quantidade de consumidores que frequentam e a variedade de produtos vendidos na maior banca do Grupo Bem-Estar, do assentamento 72, do município de Ladário/MS e na maior dos feirantes bolivianos na feira livre de sábado. Utilizou-se trabalho de campo, com a técnica da observação e contagem simples dos consumidores e das hortaliças comercializadas. Observou-se que a banca boliviana apresenta maior quantidade de consumidores e variedade de produtos comercializados.</p>2025-01-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Elvis Augusto Souza da Rochahttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/137261A CONTRIBUIÇÃO DA INOVAÇÃO SOCIAL PARA POLÍTICAS PÚBLICAS EM CIDADES FRONTEIRIÇAS2024-06-03T20:07:51-03:00Erika Luana Lopez Floreserikalf00@gmail.comAnderson Luís do Espírito Santoanderson84luis@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo tem como objetivo discorrer sobre a importância do estudo e publicização das ações de inovação social e associá-las como precursoras para a consolidação de políticas públicas efetivas na região de fronteira. A pesquisa perpassa por conceitos como problema público, arena pública e o público, sob a perspectiva da sociologia pragmática. Busca-se relacionar o pleno desenvolvimento das fronteiras através da implantação de políticas públicas construídas a partir dos ecossistemas de inovação social. Estes, por sua vez, intrínsecos aos coletivos formados em território fronteiriço e atuantes diretamente na experiência sentida a respeito dos problemas públicos. Desenvolve-se uma apresentação das políticas públicas de Inovação no Brasil nos últimos anos e caracterizam-se as ações de inovação social, construindo um paralelo entre ambas. </span></p>2025-01-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Erika Luana Lopez Flores, Anderson Luís do Espírito Santohttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/137173AS PRÁTICAS CULTURAIS DA FRATERNIDADE NIKKEI NA FRONTEIRA DA BOLÍVIA COM O BRASIL2024-06-21T16:34:47-03:00Geovanna dos Santos Ribeirogeo-santos.ribeiro@hotmail.comAna Ester de Souza Gomes anaestergm360@gmail.comWanilza Pereira de Sousawanilzape@gmail.comZuila Guimarães Cova dos Santoszuilagc@unir.br<p>Neste estudo, apresentaremos a contextualização da migração japonesa para a Bolívia, em destaque a comunidade Nikkei que reside em Guayaramerín Beni/BO. A pesquisa trouxe enriquecimento intelectual, promovendo uma perspectiva de valor à cultura japonesa. Tivemos como objetivo conhecer a comunidade Nikkei e identificar as estratégias construídas pela comunidade para manter viva a cultura Japonesa, como: a língua, religião, costumes, danças, ritos dentre outras tradições. Observamos que a comunidade tem tentado preservar a cultura trazida por seus antepassados, enfrentando desafios para resgatar algumas tradições da cultura japonesa. Para este estudo buscamos desenvolver a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo com base na metodologia do Estudo do Meio. Os resultados indicam dificuldades em manter e transmitir cultura ao decorrer das gerações, em especial a língua japonesa, principal elemento para o fortalecimento da identidade coletiva do grupo e dos laços culturais além de suas origens.</p>2025-01-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Geovanna Ribeiro, Ana Ester de Souza Gomes , Wanilza Pereira de Sousahttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/137144ANÁLISE DA “ESCREVIVÊNCIA” NA LITERATURA NEGRA FRONTEIRIÇA DE ALICE LIMA E BENEDITO C. G. LIMA2024-06-03T20:03:52-03:00Caroline Ferreira Brizon Bezerracarolinebrizon@hotmail.comLucilene Machado Garcia Arflucilene.arf@ufms.br<p>Este trabalho propõe uma análise do conceito de negritude (CÉSAIRE, 2012) e de escrevivência nos poemas “Negra” (2020), de Alice Lima, e “Quem disse que sou negro?” (2005), de Benedito C.G. Lima, poetas negros corumbaenses. O estudo qualitativo e interdisciplinar propõe um foco na literatura a partir do seu viés social (CANDIDO, 2006), considerando autor, obra e aspecto social em que estão inseridos. A noção de identidade fluida também é utilizada no estudo, bem como a de Identidade Negra (MUNANGA, 1999). A análise apresentou a constatação de uma identidade negra por meio da escrita, a importância da literatura como forma de reconhecimento e afirmação de si e a retratação da fronteira Brasil-Bolívia como espaço em que se ressaltam os contrastes sociais e raciais.</p>2024-12-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Caroline Ferreira Brizon Bezerra, Lucilene Machado Garcia Arfhttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/137139SOFRIMENTO INVISÍVEL: ANSIEDADE E ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO EM MIGRANTES INTERNACIONAIS NA FRONTEIRA BRASIL-BOLÍVIA 2024-06-21T15:42:30-03:00Kamilla Sthefanie da Silva Araujo Echeverriakamilla.araujo@live.comVanessa Catherina Neumann Figueiredovanessa.figueiredo@ufms.br<p>Estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam para o aumento no movimento entre países ainda que inclua desafios potencialmente danosos à saúde mental de migrantes. Diante das fragilidades psicológicas e sociais de populações em deslocamento, realizou-se um estudo exploratório para avaliar o sofrimento mental através dos níveis de ansiedade e da ocorrência de Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT) em doze migrantes acolhidos na Casa do Migrante da cidade de Corumbá/MS. Aplicou-se um questionário sociodemográfico, as escalas GAD-7 e PCL-C, observação e entrevista clínicas. Os resultados indicam a presença de ansiedade moderada e grave e TEPT em 41,67% (n=5) dos participantes. Vivências de luto, rejeição, abandono, assassinato, conflito, ausência de recursos e privação foram relatadas em suas experiências de vida. Devido ao aumento da movimentação de indivíduos fugindo de conflitos, perseguições e dificuldades, é crucial o reconhecimento do impacto psicológico da experiência migratória para o delineamento de políticas públicas que aliviem esse sofrimento.</p>2024-12-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Kamilla Sthefanie da Silva Araujo Echeverria, Vanessa Catherina Neumann Figueiredohttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/136833CONTRIBUIÇÕES GEOGRÁFICAS PARA O APERFEIÇOAMENTO DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA EM CIDADES GÊMEAS2024-06-03T20:16:22-03:00Lisandra Pereira Lamosolisandralamoso@ufgd.edu.brGiovane Silveira da Silveiragiovane.geoeconomia@gmail.comÉder Damião Goes Kukielkukielgeografia@gmail.com<p>O Programa Bolsa Família é política pública de inclusão social que condiciona o recebimento de auxílio financeiro pelos beneficiários cadastrados à um conjunto de exigências como: a frequência escolar, realização de exames pré-natais, atualização da cobertura vacinal, acompanhamento de condições de saúde na primeira infância. Essas condicionalidades exigem um espaço geográfico dotado de materialidades, como escolas, postos de saúde, condições para mobilidade urbana, entre outras. Apresentamos, neste texto, propostas para aperfeiçoamento desse programa enfocando as condições dos municípios de fronteira, com recorte particular para os municípios sul-matogrossenses Ponta Porã, Corumbá e Ladário. Os resultados foram obtidos a partir de trabalho de campo realizado nos anos de 2017 e 2018, dados secundários, revisão bibliográfica e conclusões das teses de Silveira (2019) e Kukiel (2022). O conhecimento do território é estratégico para o aperfeiçoamento das políticas, pois estas devem incorporar custos e estratégias de superação dos pontos de estrangulamento no acesso ao cumprimento das condicionalidades e a absorção da condição de fronteira como compartilhamento do cotidiano.</p>2024-12-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Lisandra Pereira Lamoso, Giovane Silveira da Silveira, ÉDER DAMIÃO GOES KUKIELhttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/135486GEOGRAFIAS, IMAGINÁRIOS E NARRATIVAS TRANSMÍDIAS2023-09-11T08:45:25-03:00Francyjonison Custodio do Nascimentojonisoncustodio@hotmail.com<p>O diálogoentre a Geografia e as obras audiovisuais tem crescido nas últimas décadas, promovendo reflexões geográficas sobre os modos de ver o espaço geográfico e, mais precisamente, a cidade. Atualmente, ficções seriadas de teor onírico têm ganhado relevo e investigar os discursos espaciais presentes nestas obras é pertinente para a Geografia. Mais pertinente ainda é quando estas obras estão incluídas dentro de narrativas transmidiáticas, que promovem o diálogo de diversas linguagens e fomentam a experiencia midiática atual. Diante disso, este artigo investiga os discursos espaciais acerca da cidade na série ficcionada O Demolidor da plataforma de streaming Netflix. Para tanto, faz uso de uma revisão bibliográfica e da interpretação de elementos da obra audiovisual, tais como estrutura narrativa, intertextualidade e paisagens. Os discursos da narrativa, aludindo a outras linguagens e visões de mundo, evidenciam a cidade perspectivada sob um viés negativo</p>2024-03-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Francyjonison Custodio do Nascimentohttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/135428ANÁLISE DA ENDOGENIA INSTITUCIONAL NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL2024-06-20T18:36:29-03:00Joseli Andrades Maiajoseli.geo@gmail.comTânia Marques Strohaeckertania.strohaecker@ufrgs.br<p>A identificação das Instituições de Ensino Superior (IES) enquanto agentes de produção espacial nos permite analisar a sua atuação na formação de centralidades, dinâmicas econômicas, demográficas, infraestruturais e socioculturais. A sua implantação implica no estabelecimento de forças externas e no aprimoramento das forças internas, incentivando a urbanização, a necessidade por mão de obra, a formação de capital humano etc. O presente artigo aborda a endogenia institucional, que discute a relação entre a formação acadêmica e a mobilidade geográfica interinstitucional do corpo docente de uma IES. Aqui, trabalhamos como estudo de caso a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), visando identificar e analisar a formação acadêmica dos docentes lotados na UFRGS, no âmbito da graduação e da pós-graduação. Em termos metodológicos e operacionais, criou-se um banco de dados com informações públicas dos servidores docentes lotados na instituição quanto à sua mobilidade geográfica interinstitucional interna e externamente ao estado do Rio Grande do Sul. Os dados foram obtidos a partir de pesquisa aos currículos na Plataforma Lattes disponíveis de maneira pública em sítio eletrônico em 2019, totalizando 2.507 currículos analisados. As conclusões da pesquisa indicaram a atuação da UFRGS na atração de profissionais com relevante mobilidade geográfica, o que contribuiu para a geração de centralidades, atratividade de recursos humanos e na divisão territorial do trabalho.</p>2024-12-09T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Joseli Andrades Maia, Tânia Marques Strohaeckerhttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/135291GEOGRAFIA ESCOLAR: FORMAÇÃO DE CONCEITOS NA PERSPECTIVA VYGOTSKYANA2023-12-20T09:42:14-03:00Luiz Martins Juniorvereadorluiz@camaraitapoa.gov.br.com<p>Neste artigo temos como objetivo refletir sobre a Geografia Escolar na contemporaneidade e as possibilidades de revisão das ideias pedagógicas centradas no ensino de Geografia, numa perspectiva unilateral, na lógica de transmissão de saberes/conteúdos linearmente hierarquizados nas matrizes curriculares. Realizamos um estudo bibliográfico com centralidade nas contribuições de Vygotsky, para ancorar as discussões acerca da formação de conceitos no campo da Geografia, na perspectiva de uma relação dialógica entre professores e estudantes, mediatizados pela cultura. Partindo das proposições vygotskyanas e com base nos estudos realizados, encontramos os elementos que permitem estabelecer relações entre o desenvolvimento intelectual e a formação de conceitos, cuja ênfase situa-se no papel das relações socioculturais. Cabe destacar, que nessa perspectiva, a função docente e o lugar/condição do professor como membro mais experiente da cultura assume lugar central na materialização da função social da escola, qual seja, sistematizar os conceitos científicos e disseminar a cultura globalmente. </p>2024-03-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Luiz Martins Juniorhttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/134322SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL COMO PROCESSO LUGARIZANTE EM ALVORADA (RS)2023-07-28T14:35:45-03:00Karen da Silva Soareskaren.ufrgs2021@gmail.comTânia Marques Strohaeckertaniastro@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;"><strong>Resumo:</strong></span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Os fluxos e usos que imprimimos na cidade transformam, ressignificam e possibilitam um novo olhar, ao longo do tempo, das rupturas e descontinuidades socioespaciais. Esta pesquisa volta-se para </span><span style="font-weight: 400;">a perspectiva da sustentabilidade socioambiental, selecionando como elemento de análise a economia municipal. Analisamos as marcas impressas pelos processos socioespaciais no sentimento de pertencimento dos cidadãos, na perspectiva do trabalho, consumo e permanência do capital no território, pens</span><span style="font-weight: 400;">ando que a população possa voltar-se para a cidade, como espaço de vivência, convivência e afetividade em razão dos efetivos e constantes usos e apropriações espaciais. Alvorada foi escolhida para este estudo por compor uma nova centralidade a partir de sua emancipação do município de Viamão, o maior da região metropolitana leste de Porto Alegre/RS. Na leitura desses processos socioespaciais que proporcionam ou não a sustentabilidade socioambiental e o sentimento de pertencimento, tecemos recortes espaciais, a partir de um estudo com base no desenvolvimento dos setores da economia municipal, para compreender suas contribuições para que o capital permaneça no município, em termos de consumo, empregabilidade e consequente ou não pertencimento pela permanência dos cidadãos </span><span style="font-weight: 400;">em </span><span style="font-weight: 400;">Alvorada, o que consideramos como processos lugarizantes</span><span style="font-weight: 400;">. </span><span style="font-weight: 400;">Para isso, analisamos índices relacionados ao desenvolvimento humano e econômico do município, entrevistamos empreendedores locais e propusemos questionário, respondido por cidadãos alvoradenses. </span><span style="font-weight: 400;">Os dados obtidos possibilitam algumas considerações que não se esgotam neste trabalho, mas que reforçam a necessidade premente da gestão pública municipal de Alvorada investir em políticas, planos, programas e ações que promovam uma relação de pertencimento da população ao território municipal e de sustentabilidade socioambiental local.</span></p> <p><br><br></p> <p><strong>Palavras-chave:</strong><span style="font-weight: 400;"> Sustentabilidade. Pertencimento. Economia. Gestão territorial.</span></p>2024-03-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Karen da Silva Soares, Tânia Marques Strohaeckerhttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/134050A COMUNIDADE-MOVIMENTO DO ESPAÇO ESCOLAR: UM RELATO DE VIVÊNCIAS NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SANTA HELENA, SANTA MARIA - RS2024-06-06T15:11:28-03:00Vitor Colleto dos Santosvitorcolleto@gmail.comNatália Lampert Batistanatilbatista3@gmail.com<p>O presente relato, apresentado inicialmente como avaliação da disciplina de “Vivências Pedagógicas II” (GCC 1087) do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Federal de Santa Maria, dedicase a discutir acerca dos resultados obtidos durante a inserção do acadêmico na realidade da Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Helena, a fim de compreender as dinâmicas existentes na escola como um espaço de gestão, organização e educação ou, dito de outra forma, sua ‘comunidademovimento’. Ademais, visa reconhecer a importância da disciplina para com a formação inicial de professores de Geografia, uma vez que coloca os sujeitos em formação em constante contato e trocas com a escola. Para tanto, a metodologia adotada nesse relato é a observação participante com o registro dos momentos de diálogo com os integrantes da comunidade escolar e a descrição de seu movimento e espaço, seguindo, também, de uma aplicação prática realizada pelo (futuro) professor almejando contribuir com a comunidade-movimento escolar.</p>2024-12-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Vitor Colleto dos Santos, Natália Lampert Batistahttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/133863OS MAPAS MENTAIS NA RECONTEXTUALIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS GEOGRÁFICOS POR PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS 2023-09-11T08:06:22-03:00Michael Wellington Senemichael_mws03@hotmail.comMarquiana de Freitas Vilas Boas Gomesmarquiana@unicentro.br<p>Os mapas mentais permitem que os alunos se envolvam ativamente na construção do conhecimento, desenvolvendo suas habilidades de análise, síntese e pensamento crítico. O objetivo deste artigo será evidenciarmos como o uso dos mapas mentais como uma estratégia pedagógica no ensino de Geografia, pode potencializar a construção do pensamento espacial nos professores e alunos e, sobretudo, o papel da formação continuada na produção e recontextualização didática dos conhecimentos geográficos pelos professores. A discussão é resultado de uma pesquisa colaborativa com professores da educação básica dos anos iniciais, na qual os sujeitos da pesquisa tornaram-se pesquisadores de sua própria prática, investigando questões relevantes relacionadas ao ensino e aprendizagem. Os resultados indicaram que os mapas mentais são representações espaciais especialmente úteis para a construção do pensamento espacial, pois ajudam a desenvolver habilidades relacionadas à compreensão e análise de mapas, com destaque para a compreensão espacial; a visualização de padrões; a orientação espacial e a resolução de problemas. Em relação a formação continuada colaborativa, os professores têm acesso a novas perspectivas teóricas, recursos educacionais atualizados e estratégias de ensino inovadoras e também pode promover a reflexão crítica dos professores sobre sua própria prática, incentivando a busca por novas abordagens pedagógicas que valorizem a participação ativa dos alunos, o pensamento crítico, a interdisciplinaridade e a contextualização dos conteúdos geográficos.</p>2024-11-03T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Michael Wellington Sene, Marquiana de Freitas Vilas Boas Gomeshttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/133135ANÁLISE SOCIOESPACIAL DO BAIRRO CAMPO NOVO, ZONA SUL DE PORTO ALEGRE, RS, A PARTIR DE 2010: UM ESPAÇO EM TRANSFORMAÇÃO2023-09-11T08:19:24-03:00Limara Monteirolimaramonteiro@gmail.comPaulo Roberto Rodrigues Soarespaulo.soares@ufrgs.br<p style="text-align: justify; line-height: 115%; margin: 0cm 0cm 8.0pt 0cm;"><span style="font-family: 'Arial',sans-serif; color: black;">Este artigo é parte de um estudo maior que compõe uma tese de doutorado acerca de uma análise socioespacial a partir do olhar da Geografia de um dos bairros do município de Porto Alegre, RS, Brasil. O bairro em questão, Campo Novo, localizado na zona sul de Porto Alegre, vem passando por uma série de transformações socioespaciais motivadas por empreendimentos imobiliários, elementos que se apresentam como parte da paisagem e do cotidiano dos moradores. O objetivo do artigo é, ainda que breve, trazer alguns dos novos elementos que estarão presentes no cotidiano da comunidade, em um futuro próximo e através da Geografia apontar caminhos para compreender o fenômeno da produção urbana hoje. Observa-se, a partir do ano de 2010 (última atualização do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental), o aumento significativo de construções de condomínios fechados no bairro e em seu entorno. A Geografia, enquanto ciência que estuda o espaço e sua reprodução contribui para uma análise embasada, não somente nas transformações atuais, como nas possíveis mudanças que poderão ocorrer para a comunidade local. </span></p>2024-03-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Limara Monteiro, Paulo Roberto Rodrigues Soareshttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/133034ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO ANUAL E DA QUADRA CHUVOSA PARA O MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS, MARANHÃO2023-11-23T20:29:16-03:00Gabriel Victor Silva do Nascimentonascimento.gabriel@outlook.com.brIsrael Walter Hilário da Silvaisrael.agrarias@gmail.comMaxsuel Bezerra do Nascimentomaxsuel10gba@hotmail.com<p>Analisar a variabilidade da precipitação é essencial para o planejamento urbano e ambiental dos municípios e regiões do Brasil. Com isso, a pesquisa teve como objetivo avaliar a variabilidade da precipitação anual e da quadra chuvosa para o município de São Luís (MA). Foram utilizados os dados mensais de precipitação da série histórica de 1974 a 2022 obtidos no banco de dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Assim, foi aplicado a técnica do Índice de Anomalia de Chuva (IAC) desenvolvida por Rooy (1965) e adaptada por Freitas (2004; 2005) para avaliar anomalias negativas e positivas de precipitação na região Nordeste do Brasil (NEB). O estudo demonstrou que a precipitação de São Luís tem baixa variabilidade na escala anual, contudo, ao analisar o IAC foi possível observar maior quantidade de anos com anomalias positivas. Assim, os anos de 1974 e 1985 foram classificados como anos extremamente chuvosos, enquanto a classe de extremamente seco foi verificada apenas em 1983. Além disso, na análise do período chuvoso março e abril se destacaram com as maiores quantidades de anomalias negativas, principalmente o mês de março. Entretanto, abril apresentou 8 anos com anomalias negativas nos últimos 10 anos, enquanto fevereiro e maio apresentaram equilíbrio entre as anomalias positivas e negativas durante toda a série histórica.</p>2024-03-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Gabriel Victor Silva do Nascimento, Israel Walter Hilário da Silva, Maxsuel Bezerra do Nascimentohttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/132081A FORMAÇÃO DE PROFESSORES E A UNIVERSIDADE VOLTADAS PARA A ESCOLA: COOPERAÇÃO E AUTOFORMAÇÃO2023-11-22T12:56:17-03:00Denise Wildner Thevesdenisetheves@gmail.comRoselane Zordan Costellaprofessoracostella@gmail.comAndréa Tieppo Acauandeiatieppo@yahoo.com.br<p>A reflexões ora apresentadas resultam de uma pesquisa ancorada na Faculdade de Educação, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, intitulada Perfil do profissional que trabalha com a Geografia nas escolas da Educação Básica. O recorte temporal está definido entre 2018 a 2022, e o delineamento espacial situa-se na Grande Porto Alegre e municípios vizinhos, no Estado do Rio Grande do Sul. Os objetivos deste texto são discutir parte desta pesquisa, voltando-se para a necessidade de aproximação entre a universidade e a escola para que os egressos da licenciatura estejam comprometidos e conheçam o ambiente de trabalho. Além disso, busca-se compreender os motivos e as implicações que levam professores a trabalhar com a Geografia na Educação Básica sem a devida formação nesta licenciatura. A metodologia utilizada foi de cunho qualitativo a partir de entrevistas com professores da Educação Básica que trabalham com a Geografia, formados ou não na área, para tanto, foram selecionadas as narrativas de quatro professores. Os resultados obtidos revelam que a universidade, muitas vezes, desconhece a realidade da Educação Básica, comprometendo a proposição de ações mais contundentes com a Geografia na mediação dos professores e dos alunos. Outra percepção visível é o reducionismo do ensino de Geografia, quando trabalhado por professores sem formação específica. O texto comporta fragmentos das entrevistas com suas respectivas análises para a construção de reflexões sobre possíveis ações que possam repercutir na qualificação da docência e que contribuam para a formação e para o desenvolvimento profissional e pessoal dos docentes e licenciandos, congregando as universidades e as escolas.</p> <p> </p>2024-11-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Denise Wildner Theveshttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/131720REPERCUSSÕES TERRITORIAIS RECENTES EM VITÓRIA DO XINGU (PA): UM ESTUDO A PARTIR DA INSTALAÇÃO DA UHE BELO MONTE2023-11-22T13:02:24-03:00Angélica Azevedo de Matosangelica.amattos@gmail.comAntonio Paulo Cargninapcargnin@gmail.com<p><strong>Resumo: </strong></p> <p>O presente artigo apresenta resultado da pesquisa sobre as repercussões territoriais recentes em Vitória do Xingu, estado do Pará, a partir da instalação da UHE Belo Monte, no período de 2010 à 2020. Com a instalação da usina, o perímetro urbano da cidade sofreu alterações com sua expansão territorial, com a expansão de ocupações irregulares na sede deste município, bem como, de loteamentos em suas agrovilas e vilas. A partir de um olhar geográfico sobre o território estudado, o artigo apresenta a UHE Belo Monte como elemento transformador do território, em todos seus aspectos e as repercussões territoriais em Vitória do Xingu (PA). Conclui que a instalação da UHE, gerou um processo de transformação e expansão territorial em Vitória do Xingu, onde destaca-se a migração de pessoas em busca de emprego e da instalação de empresas prestadoras de serviços à empresa responsável pela UHE, com reflexos profundos no território.</p>2024-08-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Angélica Azevedo de Matos, Antonio Paulo Cargninhttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/130609VOZES DE UMA PAISAGEM: O VALE DOS VINHEDOS E SUA RELAÇÃO COM OS VITIVINICULTORES 2023-03-05T09:06:30-03:00Raphael Vieira Medeirosrafranbr@yahoo.com.brMarcelino de Souzamarcelino.souza@ufrgs.br<p>A paisagem vitivinícola do Vale dos Vinhedos tem inúmeras características que a torna diferenciada, seja pelo seu caráter histórico, cultural ou econômico. Pode se dizer então, que essa paisagem é o reflexo da humanização de um território. A pesquisa se debruçou nas vozes daqueles que humanizaram esse território ao mostrarem suas relações identitárias, culturais e comerciais com a paisagem vitivinícola. O primeiro passo foi identificar os atores que estavam diretamente envolvidos nessa relação baseada em um critério específico. Portanto, o instrumento da pesquisa voltou-se para os produtores de vinho associados à APROVALE do ano 2020. O critério de escolha baseou-se na importância da associação com as indicações geográficas do Vale dos Vinhedos. Logo, a pesquisa teve um caráter qualitativo e exploratório. Para sua realização foram concretizadas 15 entrevistas dentre os 22 produtores associados. Não houve identificação dos entrevistados e todos assinaram termos de confidencialidade e autorização. Enfim, a paisagem vitivinícola do Vale dos Vinhedos, embora tenha se mostrado mutável, apresenta um caráter de patrimônio cultural, uma vez que para os entrevistados, ela é a representação da história e da cultura deste território, além de ter uma importância comercial significativa com o turismo. Por isso, toda essa relação constituída entre o homem e a paisagem apresenta um caráter indentitário relevante</p>2023-04-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Raphael Vieira Medeiros, Marcelino de Souzahttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/130473"JAMAIS ESTUPRARIA VOCÊ, PORQUE VOCÊ NÃO MERECE"2023-04-04T16:59:47-03:00Victória Caroline Vidalvictoria.caroline.vidall@gmail.comRahyan de Carvalho Alvesrahyancarvalho@yahoo.com.brIara Soares de Françaiarafranca@yahoo.com.br<p>O estupro está incluso no rol de crimes hediondos por configurar uma grave violação de direitos humanos. O brutal ato fere a saúde física, psicológica e emocional da vítima e sucede, majoritariamente, contra mulheres e vulneráveis. Nesta perspectiva, esta pesquisa analisa o fenômeno do estupro consumado e tentado em Montes Claros. Para alcançar tal escopo, o percurso metodológico consistiu em: 1) estudo bibliográfico pautando-se em autores que debruçam-se nos temas subsequentes: Cultura do Estupro; Violência contra a Mulher; Estupro de Vulnerável; Gênero e Educação (BAPTISTA, 2012; CERQUEIRA; COELHO; FERREIRA, 2017; MAIA, 2020; MARQUES, <em>et al. </em>2020; MOREIRA; SOUSA, 2012; NUNES; LIMA; MORAIS, 2017; ROMAGNOLI, 2015; SILVA, 2007; entre outros); 2) pesquisa documental a partir da: Constituição Federal Brasileira de 1988; Lei 11.340/06, Lei Maria da Penha; Lei 12.015/09, Estupro; e Lei 8.069/1990, Estatuto da Criança e do Adolescente; 3) análise da ocorrência de estupro consumado e tentado, entre 2012 a 2019, através da obtenção de dados fornecidos pelo 10° Batalhão da Polícia Militar – 10° BPM de Montes Claros – MG; 4) espacialização dos casos por bairros na cidade objeto de estudo; 5) levantamento das políticas públicas nas áreas da saúde, assistência social, segurança pública e jurídica presentes em Montes Claros. Ante aos dados, refletimos sobre a relevância do ensino da Geografia de Gênero como um dos caminhos possíveis para contribuir na minimização deste quadro grave.</p>2023-04-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Rahyan de Carvalho Alves, Victória Caroline Vidal, Iara Soares de Françahttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/130242GEOGRAFIAS DAS JUVENTUDES: A CONSTRUÇÃO DO ESTADO DA ARTE NA PÓS-GRADUAÇÃO BRASILEIRA2023-02-26T08:52:26-03:00Victor Hugo Nedel Oliveiravictor.nedel@ufrgs.br<p>Ainda que jovem, como seus sujeitos de pesquisa, pode-se afirmar que presenciamos a constituição de um novo subcampo de pesquisa na Geografia brasileira: as Geografias das Juventudes. Diversos estudos em nível de pós-graduação no âmbito da Geografia vêm debruçando seus esforços em investigar as relações de jovens com diferentes elementos da análise geográfica, como, por exemplo, a cidade, o campo, as disputas de poder sobre o espaço, a escola, o ensino de Geografia, entre outros. O principal objetivo do presente texto é apresentar os primeiros levantamentos e análises do estudo de estado da arte das pesquisas sobre Juventudes, no âmbito da Geografia, na pós-graduação brasileira. Para tanto, foi desenvolvida investigação de levantamento bibliográfico a partir da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), de forma a compor a reunião, a seleção e desenvolver a análise das investigações produzidas entre 2008 e 2020, recorte temporal encontrado nas 41 pesquisas de pós-graduação selecionadas para análise. Dentre os principais resultados evidenciados, verificou-se que a maior parte dos trabalhos é de mestrado, com maior concentração temporal entre os anos de 2016 e 2019. As produções concentram-se majoritariamente nas regiões Centro Oeste e Sul do país. A Universidade Federal de Goiás (UFG) foi a instituição que mais apresentou pesquisas sobre Juventudes na Geografia, sendo Lana de Souza Cavalcanti a pesquisadora com maior número de trabalhos orientados. A maior parte dos Programas de Pós-Graduação, segundo avaliação da CAPES, foi classificada com conceito 6.</p>2023-04-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Dr. Victor Hugo Nedel Oliveirahttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/130068CAMINHOS DO GADO E FEIRAS NO URUGUAI - Pierre Deffontaines 2023-02-08T19:38:33-03:00Gervásio Rodrigo Nevesgervasio.rneves@gmail.com<p>Este artigo é a tradução do texto original publicado em 1951, quase desconhecimento entre os atuais geógrafos, embora o autor (Pierre Deffontaines) tenha produzido importantes descrições de paisagens do Brasil, Uruguai, Argentina, região andina e Canadá. Escolhi-o pela sua importância para a história moderna da comercialização de bovinos no Rio Grande do Sul.</p>2023-04-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Gervásio Rodrigo Neveshttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/129932O RESGATE DA CONSERVAÇÃO DO PINHEIRO BRASILEIRO (ARAUCARIA ANGUSTIFOLIA) PELA PRODUÇÃO PRECOCE DO PINHÃO: 2023-02-02T17:05:23-03:00Júlio César da Silva Stelmach julio-stelmach@uergs.edu.beMarcia dos Santos Ramos Berreta marcia-berreta@uergs.edu.brRodrigo Cambará Printesrodrigo.printes@icmbio.gov.brMário Sérgio Muniz Tagliarimasemuta@gmail.com<p>Este artigo tem a finalidade de apresentar uma alternativa à conservação da Araucaria angustifolia, espécie arbórea do Bioma da Mata Atlântica da região sul do Brasil, criticamente ameaçada de extinção. O sentido deste estudo é incentivar a divulgação de informações aos proprietários rurais sobre o plantio de araucária precoce pela enxertia por borbulhia, onde se poderá produzir pinhões em um tempo mais curto que o normal. Essa técnica foi desenvolvida pela EMBRAPA Florestas do Paraná e consiste basicamente na retirada de uma lâmina do propágulo de uma planta produtiva e aplicada a um porta-enxerto de uma muda de araucária. A importância da produção da semente de araucária, o pinhão, deve-se, principalmente, à alimentação da fauna silvestre e ao sustento econômico de muitas famílias rurais. Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, este estudo foi desenvolvido por meio da Pesquisa Bibliográfica e a Experimental. Pelos resultados das enxertias a campo, acompanhados pelas leituras técnicas, foi possível apresentar um relato da experiência que poderá auxiliar aqueles que tiverem interesse em fazer um plantio em sua propriedade. Os principais aspectos observados é que a técnica é de fácil aplicação e baixo custo, mas requer um planejamento inicial e o entendimento que o processo, entre as mudas de porta-enxerto e a enxertia por borbulhia, pode demorar até dois anos. Além disso, após este prazo, deve-se ter uma atenção especial ao local onde será realizado o plantio definitivo das mudas, acompanhando todo o crescimento até a produção das primeiras pinhas.</p>2023-02-07T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Júlio César da Silva Stelmach , Marcia dos Santos Ramos Berreta , Rodrigo Cambará Printes, Mário Sérgio Muniz Tagliarihttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/129926CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS E POSSIBILIDADES À GESTÃO DA RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA MESTRE LUCINDO, MARAPANIM-PARÁ-BRASIL2023-02-02T13:34:58-03:00Márcia Cristina Santos marciacsantos72900@gmail.comOtávio do Cantoodocanto@gmail.comRodolpho Zaluth Bastos rzp@ufpa.br<p>Este artigo identificou e analisou os principais conflitos socioambientais existentes na Reserva Extrativista (RESEX) Marinha Mestre Lucindo, localizada no município de Marapanim, e propôs um conjunto de medidas com o propósito de melhorar o sistema de gestão existente. A RESEX possui apenas sete anos de criação, é administrada por um Conselho Deliberativo e ainda não possui Plano de Manejo implementado, aspectos que indicam uma gestão ainda em fase inicial. Os instrumentos metodológicos utilizados foram levantamento bibliográfico-documental; participação em reuniões do Conselho Deliberativo, no levantamento do perfil de famílias beneficiárias da RESEX, no monitoramento de pescado e em oficinas de Cartografia Participativa; realização de entrevistas e registros fotográficos. Desse modo, os principais conflitos socioambientais detectados foram: degradação dos mangues, pesca predatória, extração predatória de caranguejo, conflitos fundiários, extração de madeira em áreas de mangue e de terra firme, acúmulo de resíduos sólidos em rios e igarapés, queimadas e destinação inadequada de resíduos sólidos. Após a identificação dos principais conflitos socioambientais, foi possível pensar estratégias de ação que poderão compor o futuro Plano de Gestão da RESEX. Dentre as 12 medidas propostas, destaca-se o zoneamento da RESEX, o estabelecimento de acordos de cooperação e a criação de um grupo voltado exclusivamente para a mediação de conflitos socioambientais. Neste sentido, concluiu-se que os conflitos socioambientais verificados na RESEX estão majoritariamente ligados ao uso inadequado dos recursos naturais e que as medidas recomendadas visam o incentivo à participação social, o aprimoramento da difusão de informações e o fortalecimento das inter-relações e parcerias entre instituições que fazem parte do Conselho Deliberativo da RESEX.</p>2023-02-07T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Márcia Cristina Santos , Otávio do Canto, Rodolpho Zaluth Bastos https://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/129924A POLÍTICA DE RECURSOS HÍDRICOS NO CONTEXTO DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DO COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MARAPANIM NO PARÁ2023-02-02T12:48:19-03:00Monaldo Begot da Silva Juniormbegot@gmail.comAquiles Vasconcelos Simões moinaiu@gmail.comRonaldo Lopes Rodrigues Mendes rmendes@ufpa.brMonique Helen Cravo Soares Fariasadm.moniquefarias@gmail.com<p>A Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim está inserida na Unidade Hidrográfica da Costa Atlântica–Nordeste, no estado do Pará, a qual é a mais densamente povoada e desenvolvida economicamente. A fim de gerir o uso de recursos hídricos, visando a sua disponibilidade, em qualidade e quantidade, para as atividades humanas, foi instituído o Comitê dessa bacia, em 2019. O objetivo desse artigo é analisar os desafios e as oportunidades da institucionalização do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim (CBHRM), a partir das ideias intrínsecas à política de recursos hídricos, com foco na gestão compartilhada e participativa. Emprega-se o suporte teórico-metodológico da abordagem cognitiva da análise de políticas públicas. Adota-se o modelo de interpretação pelo referencial da política de Muller (2011). Analisa-se a natureza dos referenciais setoriais e globais que dão sentido à gestão da água e como esses referenciais são interpretados pelo poder público, usuários e comunidades locais. O modelo de análise do artigo segue o método hipotético-dedutivo. O estudo é qualitativo, analítico e exploratório e inicia-se com uma pesquisa bibliográfica e documental, em seguida abordar-se a construção do CBHRM, para somente então analisar a política de recursos hídricos. Supõe-se que as ideias que dão sentido à essa política são dominadas por valores macroeconômicos neoliberais e desenvolvimentistas, inclusive, a política do Pará. Apesar disso, conclui-se que o CBHRM pode se estabelecer como um território para a governança da água, desde que supere os desafios globais impostos ao local e represente a oportunidade de consolidar a descentralização e a participação.</p>2023-02-07T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Monaldo Begot da Silva Junior, Aquiles Vasconcelos Simões , Ronaldo Lopes Rodrigues Mendes , Monique Helen Cravo Soares Fariashttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/129913REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS COMO PRÁTICA SUSTENTÁVEL PARA GERAÇÃO ENERGIA RENOVÁVEL2023-02-01T21:48:11-03:00Keila Diniz Campos kdcalimentos@gmail.comLênio José Guerreiro Faria lenio@ufpa.brMaria Regina Sarkis Peixoto Joelereginajoele@ifpa.edu.br<p>O desenvolvimento rural de forma sustentável e equilibrada atualmente é uma preocupação nas agroindústrias/cooperativas. E um dos pontos mais importantes são os impactos ambientais ocasionados por atividades agroindustriais, maximizadas pela ausência de um sistema de gerenciamento ambiental adequado por parte da organização. Pois, o descarte inadequado dos resíduos gerados contribui para a poluição dos rios e solos, lixiviação de compostos e proliferação de vetores transmissíveis de doenças acarretando problemas de saúde pública. Portanto, este trabalho traz como proposta uma alternativa de reaproveitamento de resíduos através de tecnologia social eco-eficiente, briquetes ecológicos, capaz de agregar valor econômico e ambiental. Os briquetes são produzidos por um processo de compactação de biomassas, visando aumentar a densidade energética, com granulometria e teor de umidade adequados para serem utilizados nas caldeiras das cooperativas em substituição da lenha convencional. A Cofruta, cooperativa de fruticultores de Abaetetuba, onde a pesquisa foi realizada, fica localizada no município de Abaetetuba, no estado do Pará-Brasil. As biomassas avaliadas foram os resíduos de caroço de açaí e cascas de cupuaçu e murumuru. Todas as biomassas apresentaram características termo físicas com alto potencial energético. Os briquetes produzidos com as cascas de murumuru apresentaram maior eficiência energética, enquanto, os briquetes de caroço de açaí seguidos dos de casca de cupuaçu apresentaram maior resistência e durabilidade.</p>2023-02-07T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Keila Diniz Campos , Lênio José Guerreiro Faria , Maria Regina Sarkis Peixoto Joelehttps://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/129911TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA NO TERRITÓRIO DO BOLSÃO, TRÊS LAGOAS - MATO GROSSO DO SUL, BRASIL2023-02-01T19:27:25-03:00Rosemeire Aparecida de Almeida rosemeire.almeida@ufms.brMarine Dubos-Raoul marine.raoul@gmail.com<p>Os impactos socioambientais no campo, que estão na raiz da crise agroalimentar em escala planetária, foram gerados no Brasil a partir do modelo de desenvolvimento rural conhecido como Revolução Verde. A partir de 1960, este paradigma agrícola buscou modernizar o latifúndio via mudança técnica sem alterar a estrutura fundiária. Tornou-se crescente as consequências contraproducentes deste arquétipo de agricultura, tais como: concentração fundiária, erosão do solo, desertificação, poluição por agrotóxicos e perda de biodiversidade. Como contraponto, emerge mundialmente o tema “campesinato e agroecologia” como alternativa ao modelo convencional de agricultura, e se inicia no Brasil a construção deste novo paradigma produtivo. Apesar da hegemonia no Território Rural do Bolsão da propriedade capitalista da terra voltada à pecuária e à silvicultura, tem-se, contraditoriamente, a presença da pequena propriedade familiar camponesa voltada ao autoconsumo e a produção/comercialização de excedentes. A criação do Núcleo de Agroecologia do Bolsão-UFMS (NEA-BOLSÃO) é fruto desta realidade e representa a articulação que se iniciou, em 2013, entre o Laboratório de Geografia Agrária, da UFMS/Campus de Três Lagoas, o Instituto de Sociología e Estudios Campesinos (ISEC), Universidade de Córdoba-Espanha, e um grupo de famílias em transição agroecológica do assentamento de reforma agrária 20 de Março, em Três Lagoas. Este artigo visa resgatar esta experiência ainda em curso de transição agroecológica no PA 20 de Março, promovida pelo NEA-Bolsão, analisando as seguintes ações implantadas nas unidades de referência agroecológica: canais curtos de comercialização, feiras de resgate das espécies crioulas, cursos e oficinas sobre caldas e biofertilizantes e o estímulo ao associativismo.</p>2023-02-07T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Rosemeire Aparecida de Almeida , Marine Dubos-Raoul