Segregação espacial e música eletrônica: a cena cultural soteropolitana
DOI:
https://doi.org/10.22456/1982-0003.36481Palavras-chave:
Geografia Cultural, Geografia Urbana, SegregaçãoResumo
A música eletroacústica destaca-se por ser um estilo musical essencialmente urbano que se inseriu no campo acadêmico em meio aos novos paradigmas da modernidade. Esses, que alteraram o modo de vida das pessoas das cidades, transformaram os elementos da paisagem e transgrediram as barreiras geográficas continentais, misturando-se aos outros elementos culturais que a transformaram em música eletrônica. Ao ser introduzida na esfera de consumo de massa, a música eletrônica perde seu caráter alternativa e se torna produto cultural – o que pode ser visto a partir da contextualização dos principais agentes de Salvador e de Camaçari, no estado da Bahia, ao segregarem o espaço destinado ao entretenimento. Assim sendo, nesta pesquisa, a música foi utilizada para delimitar os espaços de segregação construídos na capital baiana e em Camaçari a partir da observação das festas de música eletrônica em uma boate, na apropriação do seu espaço público para a realização da festa carnavalesca pelos trios elétricos e camarotes de música eletrônica e, finalmente pelas raves.