TY - JOUR AU - Barroso, Priscila Farfan AU - Lopo, Rafael AU - Rocha, Ana Luiza Carvalho da AU - Vedana, Viviane PY - 2008/12/03 Y2 - 2024/03/29 TI - A desterritorialização dos saberes e fazeres antropológicos e o desentendimento no corpo de verdade da letra JF - ILUMINURAS JA - Rev. Ilum. VL - 9 IS - 22 SE - Artigos DO - 10.22456/1984-1191.9325 UR - https://seer.ufrgs.br/index.php/iluminuras/article/view/9325 SP - AB - <!--[if gte mso 9]><xml> <w:WordDocument> <w:View>Normal</w:View> <w:Zoom>0</w:Zoom> <w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone> <w:PunctuationKerning /> <w:ValidateAgainstSchemas /> <w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:Compatibility> <w:BreakWrappedTables /> <w:SnapToGridInCell /> <w:WrapTextWithPunct /> <w:UseAsianBreakRules /> <w:DontGrowAutofit /> </w:Compatibility> <w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:LatentStyles DefLockedState="false" LatentStyleCount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; mso-hyphenate:none; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-language:AR-SA;} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> <!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;}</style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O tema da desterritorialização/descolonização dos saberes e fazeres antropológicos pela via da crítica ao estatuto da escrita na construção da representação etnográfica e dos processos de mundialização, vem engendrando ao longo das ultimas décadas o debate acerca da ética do antropólogo diante da diversidade cultural. Instrumento de poder ou via real do saber adotamos com J. Rancière o ponto de vista segundo o qual<span style="color: red;"> </span>o ato da escrita é ato de <em>partilha do sensível </em>(<em>modos do fazer, modos do ser e do dizer</em>) para refletir sobre as condições que cercam a etnografia como texto. <span> </span>Com isto a intenção é recolocar alguns dos dilemas que vive a Antropologia em termos das possibilidades da escrita etnográfica configurar-se como uma <em>partilha do sensível</em> entre os próprios antropólogos.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Segundo postula J. Rancière, mais do que a <em>partilha </em>de um saber objetivo ancorado no estatuto de uma linguagem de "verdade" que emana da letra, órfã, a <em>partilha do sensível</em> é lugar desde onde o inteligível se apresenta, <em>não mais o inteligível</em> como o <em>entendimento recortando os objetos</em>, mas como parte do <em>comum de sentido</em> construído por uma comunidade. Interessa-nos neste artigo pensar o <em>comum de sentido</em> que os próprios antropólogos atribuem ao lugar da escrita para a produção de seus saberes e fazeres. Em especial, ao se colocar as diferenças da etnografia fora do trabalho de campo e no interior do <em>corpo da letra</em>, descobrimos que a escrita antropológica é <em>coisa política</em> porque recoloca o diálogo entre civilizações nos termos das relações entre, por um lado, um conjunto comum partilhado de saberes e, por outro, a sua divisão em partes exclusivas (saberes tradicionais/saberes científicos, o que pertence ao “nativo”/o que pertence ao etnógrafo).</p> ER -