@article{Eckert_Rocha_2002, place={Porto Alegre}, title={Elipses temporais e o inesperado na pesquisa etnográfica sobre crise e medo na cidade de Porto Alegre}, volume={3}, url={https://seer.ufrgs.br/index.php/iluminuras/article/view/9138}, DOI={10.22456/1984-1191.9138}, abstractNote={<!--[if gte mso 9]><xml> <w:WordDocument> <w:View>Normal</w:View> <w:Zoom>0</w:Zoom> <w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone> <w:PunctuationKerning /> <w:ValidateAgainstSchemas /> <w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:Compatibility> <w:BreakWrappedTables /> <w:SnapToGridInCell /> <w:WrapTextWithPunct /> <w:UseAsianBreakRules /> <w:DontGrowAutofit /> </w:Compatibility> <w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:LatentStyles DefLockedState="false" LatentStyleCount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if !mso]><object classid="clsid:38481807-CA0E-42D2-BF39-B33AF135CC4D" id=ieooui></object> <style> st1\:*{behavior:url(#ieooui) } </style> <![endif]--> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> <!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O ato de etnografar na cidade é um processo de investigação antropológica que vem permitindo, de forma cada vez mais profícua, a construção de novas interpretações sobre as dinâmicas sociais no mundo contemporâneo a partir de contextos históricos singulares. Abordamos esse tema a partir da experiência de nossa pesquisa que vem sendo desenvolvida em Porto Alegre, desde o ano de 19972, com o apoio do CNPq e FAPERGS e que tem como ponto central a idéia da construção de etnografia da duração como modalidade compreensiva das feições da crise e do medo nos “tempos modernos”. Trata-se de um projeto integrado de pesquisa que tem por fundamento o estudo das representações simbólicas através das quais os habitantes nesta cidade constroem seu tempo social ao lhe conferir sentido segundo as lembranças selecionadas dos ritmos vividos em suas trajetórias sociais e de seus itinerários urbanos.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nossa pesquisa iniciou-se tendo como <em>locus </em>de reflexão o postulado da pluralidade de memórias coletivas que configuram as atuais formas de sociabilidade dos diferentes grupos que conformam o teatro da vida urbana porto-alegrense, tendo por interesse o estudo das formas diversas dos sujeitos sociais interpretarem e narrarem o seu viver na cidade e, em particular, apontando, na linha de alguns comentários de Norbert Elias, para o tema das autoimagens consubstanciadas no medo de indivíduos e sociedades. Perseguindo o questionamento em torno dos lugares onde se enraízam os medos individuais e coletivos na atualidade, tratava-se, assim, de se perscrutar, como sugere Jean Delumeau , do que os habitantes de uma grande cidade têm medo.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Refletindo sobre as indagações de Gilberto Velho ao afirmar que face aos anúncios do aumento desmesurado da violência nas grandes cidades brasileiras e diante da insegurança quanto à ação de setores do próprio Estado, a questão da sobrevivência nas grandes cidades assumiria aspectos especialmente dramáticos para alguns segmentos sociais, passou-se, então, ao longo da pesquisa etnográfica no contexto urbano de Porto Alegre, a “especular que essas seriam variáveis importantes para compreender uma espécie de individualismo agonístico que tornou-se cada vez mais freqüente nas camadas médias brasileiras".</p>}, number={6}, journal={ILUMINURAS}, author={Eckert, Cornelia and Rocha, Ana Luiza Carvalho da}, year={2002}, month={dez.} }