INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM PACIENTES COM SÍNDROME HELLP

Autores

  • Silvia Maria Dorigoni Médica nefrologista. Mestre em Nefrologia, Programa de Pós-graduação em Ciências Médicas: Nefrologia, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil.
  • José Geraldo Lopes Ramos Professor adjunto, Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil.
  • Sérgio Martins Costa Professor adjunto, Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil.
  • Joana Prestes Garcez Médica. Ex-bolsista, Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, Faculdade de Medicina, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil.
  • Elvino Barros Professor adjunto, Departamento de Medicina Interna, Faculdade de Medicina, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil.

Palavras-chave:

Síndrome HELLP, gestantes, insuficiência renal

Resumo

A síndrome HELLP ocorre em gestantes ou puérperas e é caracterizada pelo surgimento de hemólise, elevação de enzimas hepáticas e plaquetopenia. Desenvolve-se em aproximadamente 10% das gestantes com pré-eclampsia, sendo mais freqüente entre a 22ª e a 36ª semana de gestação. Insuficiência renal aguda é uma complicação freqüente e grave nessas pacientes. O objetivo deste estudo foi avaliar, em pacientes com síndrome HELLP, a prevalência
de insuficiência renal aguda e estudar fatores a ela associados. Foram estudadas 49 gestantes com síndrome HELLP, internadas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no período de janeiro de 1990 a fevereiro de 2000. A elevação da creatinina sérica acima de 1,5 mg/dL foi o critério utilizado para definir insuficiência renal aguda. As pacientes foram divididas em dois grupos:
grupo 1 – pacientes que apresentaram insuficiência renal aguda; e grupo 2 – pacientes que não apresentaram alteração da função renal. O grupo 1 foi constituído de 23 pacientes (46,9%), dos quais 13 (26,6%) recuperaram gradualmente a função renal, e 10 (20,4%) necessitaram de tratamento dialítico. Dos pacientes submetidos à diálise, três recuperaram função renal, e três permaneceram em hemodiálise crônica (6,1%) por danos renais irreversíveis. Ocorreram seis óbitos (12,2%): cinco deles (10,2%) nas pacientes do grupo que desenvolveu insuficiência renal. Concluímos que a insuficiência renal aguda e crônica foi uma complicação freqüente e grave da síndrome HELLP nas gestantes estudadas. As pacientes submetidas à diálise apresentaram
maior morbimortalidade e pior prognóstico. Essa situação pode levar à insuficiência renal terminal, com necessidade de diálise crônica indefinidamente, com graves repercussões clínicas, econômicas e sociais. 

Unitermos: Síndrome HELLP, gestantes, insuficiência renal.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2020-01-29

Como Citar

1.
Dorigoni SM, Ramos JGL, Costa SM, Garcez JP, Barros E. INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM PACIENTES COM SÍNDROME HELLP. Clin Biomed Res [Internet]. 29º de janeiro de 2020 [citado 28º de março de 2024];26(3). Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/99699

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

<< < 1 2 3