Distribuição temporal dos casos e da mortalidade infantil por Sífilis Congênita nas cinco regiões geográficas do Brasil entre 2009 e 2018

Autores

  • Fernando Maia Coutinho Universidade Federal do Pará, Faculdade de Medicina, Belém, PA, Brasil
  • Yuri Fadi Geha Universidade Federal do Pará, Faculdade de Medicina, Belém, PA, Brasil http://orcid.org/0000-0002-9949-413X
  • Luzivan Costa Reis Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Programa de Pós-graduação em Genética e Biologia Molecular, Porto Alegre, RS, Brasil
  • Wesley Luciano Kaizer Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Informática, Porto Alegre, RS, Brasil
  • Tiago Arantes Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Biológicas, Londrina, PR, Brasil
  • Carolina Bastos Brega Centro Universitário do Estado do Pará, Belém, PA, Brasil

Palavras-chave:

Sífilis Congênita, Mortalidade Infantil, Incidência.

Resumo

Introdução: No mundo, estima-se que cerca de 1,8 milhões de gestantes estejam infectadas por sífilis, apesar de apenas 10% desse valor sejam diagnosticados e devidamente tratados. Nesse sentido, o presente estudo tem por objetivo descrever a evolução temporal da incidência dos casos e das taxas de mortalidade por Sífilis Congênita (SC) em menores de 1 ano, bem como comparar o impacto dessa mortalidade por regiões do Brasil, entre 2009 e 2018. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico, retrospectivo, com dados do Sistema de Informação e Agravos de Notificação (SINAN), Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC). Resultados: A incidência de SC em indivíduos menores de 1 ano apresentou um acréscimo de 328,57% nas taxas notificadas entre 2009 (2,1/1.000) e 2018 (9/1.000). A média anual de incidência (β1) por SC foi de 0,80 (IC95% 0,75–0,86; p=00006), com um coeficiente de determinação (R2) igual a 0,99%. A variação média da taxa de mortalidade por SC (β1) foi 0,006/1.000 (IC95% 0,005–0,008; p=0,00004, R2 = 0,93%). A região Sudeste apresentou a maior proporção de mortalidade pela doença entre menores de 1 ano por SC, com 43,14% dos óbitos. Conclusão: Foi observada uma correlação positiva da incidência e da mortalidade por SC entre menores de 1 ano no Brasil ao longo dos anos analisados, sendo perceptível elevadas taxas entre as cincos regiões geográficas, sugerindo a necessidade de maior atenção à triagem no pré-natal e melhorias na capacitação dos serviços de saúde.

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Publicado

2021-12-08

Como Citar

1.
Coutinho FM, Geha YF, Reis LC, Kaizer WL, Arantes T, Brega CB. Distribuição temporal dos casos e da mortalidade infantil por Sífilis Congênita nas cinco regiões geográficas do Brasil entre 2009 e 2018. Clin Biomed Res [Internet]. 8º de dezembro de 2021 [citado 28º de março de 2024];41(4). Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/113237