TY - JOUR AU - Seligman, Renato AU - Kuchenbecker, Ricardo AU - Pinto, Tanira Torelly AU - Bittencourt, Otávio Neves AU - Polanczyk, Carísi Anne AU - Nasi, Luiz Antonio AU - Seligman, Beatriz Graeff Santos AU - Sander, Guilherme Becker AU - Buzin, Lurdes AU - de Magalhães, Ana Maria Muller AU - Torelly, Fernando AU - Bajerski, Jorge Luis AU - Falk, Maria Lúcia AU - Crossetti, Maria da Graça PY - 2020/02/07 Y2 - 2024/03/28 TI - FATORES DE RETARDO NO ATENDIMENTO DE PACIENTES INTERNADOS NO SERVIÇO DE MEDICINA INTERNA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE. UM ESTUDO OBSERVACIONAL JF - Clinical and Biomedical Research JA - Clin Biomed Res VL - 26 IS - 1 SE - Artigos Originais DO - UR - https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/100358 SP - AB - <p>Todos os pacientes atendidos na Emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre de março a maio de 2005 foram acompanhados prospectivamente, buscando verificar suas características epidemiológicas e fatores de retardo de internação, definidos como permanência hospitalar por motivos não clínicos.<br />De 5530 pacientes triados neste período, 389 foram atendidos pelo Serviço de Medicina Interna. Destes, 314 são descritos nesta amostra. A idade mediana dos pacientes internados foi de 64 anos, com predomínio de mulheres.<br />Da população estudada, 80% eram provenientes de Porto Alegre e região metropolitana. Dez condições clínicas crônicas foram a causa de 83% das internações, com neoplasias fora de opção terapêutica , complicações de SIDA e reinternações de pacientes com seqüelas neurológicas de doença cerebrovascular sendo as causas mais freqüentes. Diabete melito e<br />doença pulmonar obstrutiva crônica corresponderam a 9,2% e 6,4% das internações. Os pacientes portadores de diabete melito e insuficiência cardíaca apresentaram os maiores tempos de espera por internação clínica (54,5 e 46,6 horas). Vinte e cinco por cento dos pacientes com angina do peito, infecção respiratória aguda ou complicações associadas ao diabete melito aguardaram mais de 60 horas por leito de internação. A realização de consultorias médicas foi fator de retardo na permanência, com tempo mediano de espera de 48 horas. O maior tempo de espera nos exames subsidiários foi resultado de pendência na liberação de laudos de anatomo-patológicos em biópsias, com mediana de 4,2 dias. Da mesma forma, a mediana da espera pela realização de tomografias computadorizadas foi de 5 dias para crânio, 4,2 dias para abdômen e 3,2 dias para tórax. Entre os dez motivos mais comuns de internação, apenas 21 (6,7%) foram caracterizadas como condições clínicas agudas. Estes achados serviram de embasamento para a reformulação do Serviço de Emergência<br />no HCPA, desencadeando ações gerenciais como a triagem por estratificação de risco, a unidade vascular, foco nos serviços de apoio e estabelecimento de convênio assistencial com hospital secundário de apoio.<br />Unitermos: epidemiologia hospitalar, medicina interna, emergência</p> ER -