A Antinomia do Mortal e da Imortalidade no Âmbito da Educação
DOI:
https://doi.org/10.1590/2175-6236120212vs01Palavras-chave:
Educação, Imortalidade , Mundo ComumResumo
Este artigo busca mostrar de que maneira a atividade da educação no mundo moderno está vinculada com o projeto filosófico arendtiana. A partir de uma breve exposição da hipótese de leitura proposta por Paul Ricoeur, primeiramente, pretende-se destacar o sentido ético-político do projeto filosófico arendtiano. Para Ricoeur, a investigação levada a cabo por Hannah Arendt em A Condição Humana pode ser lida como uma antropologia filosófica, isto é, como um gênero de meditação que busca identificar os traços perduráveis da condição humana, que podem resistir às vicissitudes do mundo moderno. Em seguida, tenta-se explicitar os desdobramentos dessa interpretação a fim de pensar a antinomia do mortal e da imortalidade no âmbito da educação, uma vez que a questão central da antropologia filosófica, conforme Ricoeur, repousa na desproporção íntima da condição temporal dos seres mortais.
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