Resistindo as remoções forçadas da Copa do Mundo na cidade de Porto Alegre: possibilidades e obstáculos à crítica pública

Autores

  • Gabrielle Oliveira de Araujo

Resumo

Com este artigo pretende-se refletir sobre as possibilidades à emergência de processos de contestação nas arenas públicas brasileiras. Mais especificamente, foca na dinâmica de ações de resistência às remoções forçadas no contexto de realização da Copa do Mundo FIFA na cidade de Porto Alegre, buscando discutir os obstáculos políticos, morais e institucionais à ação política de grupos subalternos. Neste sentido, baseia-se nos resultados da pesquisa de dissertação em sociologia, a qual investigou a construção da disputa política em torno dos significados da Copa decorrente da definição de projetos urbanos estatais que implicaram numa política de remoção de milhares de famílias. Tal pesquisa abordou o processo de conflito a partir de uma perspectiva etnográfica da política vivida embasada na abordagem teórica do pragmatismo crítico. Como resultados apontam-se, por um lado, para a diversidade de pontos de vistas, dinâmicas de ações e interações dos sujeitos envoltos no conflito e, por outro, para um processo de produção de extrema violência estatal que incide diretamente não apenas na agência política de grupos subalternizados, mas, sobretudo, nos seus corpos e nas suas condições (presente e futura) de vida.

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Publicado

21-12-2016

Como Citar

DE ARAUJO, G. O. Resistindo as remoções forçadas da Copa do Mundo na cidade de Porto Alegre: possibilidades e obstáculos à crítica pública. Revista Contraponto, [S. l.], v. 3, n. 2, 2016. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/contraponto/article/view/70254. Acesso em: 29 mar. 2024.