A semiótica da Uberização em tempos de pandemia: do autogerenciamento subordinado ao breque dos apps
Resumo
O presente trabalho trata sobre as diferentes narrativas relacionadas aos significados do trabalho uberizado no Brasil, relatadas pelos entregadores de aplicativos e as empresas-aplicativos. O objetivo principal foi analisar e categorizar essas narrativas em relação ao trabalho, além de buscar compreender, de maneira mais profunda, as complexas transformações sociais que esta forma de organização do trabalho traz. A pesquisa analisa o conteúdo de diferentes narrativas, encontrando ao menos dois caminhos de significação distintos: por um lado a afirmação de um ethos neoliberal e por outro a negação deste ethos. A partir desta categorização se faz possível entender que existem formas conflituosas em uma disputa de narrativas, que se materializam em ações políticas tanto no formato do breque dos apps formulado pelos entregadores de aplicativo quanto pelas propagandas disseminadas virtualmente pelas empresas.
Palavras-chave: Uberização; Aplicativos de Entrega; Precarização; Trabalho; Neoliberalismo.
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