A política de drogas na mídia: agentes e argumentos presentes no jornal ZERO HORA de 2003 a 2016
Resumo
Com a ascensão do Partido dos Trabalhadores (PT) ao governo federal, em 2003, era esperado uma ampliação de oportunidades políticas para atores e propostas voltados à alteração da lógica proibicionista predominante na política de drogas brasileira. Tal alteração, no entanto, não ocorreu. Neste sentido, o artigo busca contribuir com a discussão sobre os motivos da não alteração da lógica proibicionista identificando os principais agentes que fizeram o debate sobre a Política de Drogas na mídia; verificando quais foram os argumentos mais mobilizados para defenderem suas posições; e, por fim, identificando se a mídia deu ou não mais espaço para o movimento proibicionista. Para realizar a pesquisa, foram coletados no acervo do Jornal Zero Hora, todas as reportagens sobre a temática das drogas, no período de 2003 a 2016. Esses arquivos foram lidos e categorizados com o auxílio do software de análise qualitativa de dados NVivo. O estudo mostra que teve um aumento do interesse sobre a temática ao longo dos anos; que a inserção de agentes como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso abriu portas para o aumento da presença da coalizão antiproibicionista na mídia; que houve uma mudança no discurso da coalizão proibicionista após 2011, quando ela começou a usar argumento da saúde pública para justificar a necessidade do proibicionismo.
Palavras-Chave: Movimentos Sociais; Antiproibicionismo; Proibicionismo; Política de Drogas; Mídia.
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