Entre o falante ideal e o sujeito falante: por onde se move a pesquisa lingüística e/ ou por onde circula o lingüista
DOI:
https://doi.org/10.22456/2594-8962.55632Resumo
É impróprio, a meu ver, falar sobre pesquisa lingüística sem lembrar as primeiras frases do prefácio de Milner a um livro seu, modesta ou ironicamente intitulado Introduction à une science du langage: “A lingüística deseja ser uma ciência. Fora esse desejo, ela não tem nenhum estatuto[...]” (1989, p. 9). Não há como deixar de ler nessa frase o projeto que o livro atualiza, ao mostrar como esse desejo esbarra sempre em dificuldades que fazem da história da lingüística uma sucessão de idas e vindas em torno dos limites de seu objeto e da possibilidade de apreendê-lo.