Travessias, antropofagias e hibridismos: novas tessituras literárias
DOI:
https://doi.org/10.22456/2594-8962.55403Resumo
A literatura é um espaço de troca de vivências dos sujeitos, abarcando suas semelhanças e suas diferenças. Ela reflete as questões mais importantes do tempo em que é produzida e participa da evolução e transformação desse tempo, num contínuo exercício de mediação cultural. O moçambicano Mia Couto é um escritor contemporâneo, cuja obra dialoga com o passado, pensa o presente e questiona o futuro do homem e do seu contexto. Ele se apropria da língua portuguesa herdada e, com ela, atravessa as margens das regras, dos significados e dos papéis sociais. Ao romper com as tradições e com as normas intelectuais vigentes, ele dá voz ao outro e renova a palavra literária. Entendemos o trabalho de criação, recriação e ressignificação elaborado pelo autor como uma nova tessitura literária, que se fundamenta nos sentidos de travessia, antropofagia e hibridismo. Ao transitar entre o espaço histórico do colonialismo português, da independência de seu país e das formulações inerentes ao pós-colonialismo, Mia Couto transpõe os limites discursivos da produção literária desses períodos e instaura amplas e inovadoras mobilidades culturais no seu texto.Downloads
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Publicado
2015-05-07
Como Citar
Garcia, N. K. (2015). Travessias, antropofagias e hibridismos: novas tessituras literárias. Revista Conexão Letras, 8(9). https://doi.org/10.22456/2594-8962.55403