TOPOGRAPHIES OF VIOLENCE: MODERN SLAVERY AND NECROPOLITICS IN JAMES HANNHAM’S DELICIOUS FOODS
DOI:
https://doi.org/10.22456/2594-8962.136117Resumo
O segundo romance de James Hannaham, Sabor Amargo, tece uma narrativa palimpsesta que justapõe o trabalho agrícola atual com o legado histórico das plantações escravistas, entrelaçando as lutas contemporâneas dos trabalhadores agrícolas explorados com os horrores históricos do trabalho escravizado. Como resultado, o romance cria um comentário poderoso sobre o legado duradouro da escravidão nos Estados Unidos e convida os leitores a imaginarem a escravidão histórica fora das limitações de tempo e espaço. Argumento que Hannaham atinge dois objetivos importantes no romance: primeiro, ele inova o gênero narrativa neo-escrava ao recusar abordar a escravidão histórica como um evento passado, mas em vez disso, o escritor apresenta a escravidão como práticas de trabalho modernas, e segundo, ao abordar as semelhanças entre o trabalho agrícola moderno e a escravidão histórica, Hannaham destaca práticas necropolíticas enraizadas principalmente no setor do agronegócio americano.