O SUSPIRO DE LUÍS CARDOSO EM “RÉQUIEM PARA O NAVEGADOR SOLITÁRIO”

A SEMI-PRESENÇA E A SEMI-AUSÊNCIA DE CATARINA EM SEU EXÍLIO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/2594-8962.135992

Resumo

Diante da necessidade de redimensionar os arquétipos de sociedade e de desmistificar a ideia do “ter-sido”, instaura-se um processo de recondução histórico-social, no qual a tonicidade do sujeito se mostrou a melhor arma contra os dilemas e os conflitos surgidos no entre-guerras. É pela literatura que vão sendo percebidos os movimentos colocados em curso no âmbito da centralidade do indivíduo, a fim de (re)construir a ideia de Ser para o mundo, projetando as experiências humanas a partir da desfronteira incorporada como o meio para a consolidação de uma consciência que abrange o sujeito histórico na sua inteireza. É pela palavra (ou sua ausência) que se vai pensar este estudo. A ideia de pertencimento, de deslocamento e de exílio foi relativizada no imaginário dos sujeitos que tinham no espaço a sua raiz. Pensando nisso, propõe-se analisar a obra Requiem para Um Navegador Solitário, de Luis Cardoso, evidenciando-se a personagem Catarina, que tem o seu corpo e sua subjetividade cindidos pelas variadas dimensões fronteiriças surgidas no exílio que lhe é imposto. O quase pertencer, transforma-a em alguém que vive no deslocamento que é moldado sempre na ordem da ausência.

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Biografia do Autor

Daniel Conte, Universidade Feevale

Daniel Conte é Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq e Coordenador do Programa de Pós-graduação em Processos e Manifestações Culturais da Universidade Feevale. Doutor em Literatura Brasileira, Portuguesa e Luso-africana e Mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, atua como professor permanente e pesquisador da Universidade Feevale nos Programa de pós-graduação em Processos e Manifestações Culturais e em Indústria Criativa. É Professor convidado no Programa de pós-graduação em Letras da UFRGS na linha de pesquisa Pós-colonialismo e identidades. Como pesquisador, está vinculado aos grupos de pesquisa Linguagens e Manifestações Culturais e Indústria Criativa (Universidade Feevale) e ao SUTRA - Subalternidades, Transculturalidade e Perspectivas Decoloniais da Universidade Federal de Pernambuco, ademais de ser parecerista e membro de corpo editorial de importantes revistas científicas no Brasil.

Jéssica Schmitz, Universidade Feevale

Doutora em Letras (UFRGS) e Mestre em Processos e Manifestações Culturais pela Universidade FEEVALE. Em suas pesquisas aborda estudos voltados ao pós-colonialismo, dando ênfase às literaturas em língua portuguesa das ex-colônias de Portugal. Realiza estágio pós doutoral no Programa de pós-graduação em Processos e manifestações culturais da Universidade Feevale.

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Publicado

2024-02-14

Como Citar

Conte, D., & Schmitz, J. (2024). O SUSPIRO DE LUÍS CARDOSO EM “RÉQUIEM PARA O NAVEGADOR SOLITÁRIO”: A SEMI-PRESENÇA E A SEMI-AUSÊNCIA DE CATARINA EM SEU EXÍLIO. Revista Conexão Letras, 18(30). https://doi.org/10.22456/2594-8962.135992