A ENUNCIAÇÃO NA PRÁTICA DA DESTERRITORIALIZAÇÃO: UMA METÁFORA – "ESTUPRO CULPOSO" – EM DISPUTA

Autores

  • Eduardo Alves Rodrigues UNIVESP
  • Cármen Agustini UFU
  • Luiza Castello Branco

DOI:

https://doi.org/10.22456/2594-8962.116829

Resumo

Neste artigo, analisamos as relações entre discurso e enunciação na prática da desterritorialização (im)posta na e pela constituição do discurso como objeto teórico da Análise de Discurso. Nessa perspectiva, em que o discurso é tomado como efeito da teorização que forja a (não)estabilidade do entremeio como (não)lugar disciplinar, filiados à História das Ideias Linguísticas estabelecida na e pela prática teórico-metodológica da Análise de Discurso, expomos essas relações ao olhar leitor a partir da descrição-interpretação do enunciado "estupro culposo". A análise permitiu restituir condições de leitura para o funcionamento do conceito de enunciação na teoria do discurso (PÊCHEUX) e, em decorrência disso, sobre a constituição de seu objeto, o discurso. Dessa maneira, pudemos compreender que, em relação ao funcionamento do discurso, a enunciação está pressuposta, uma vez que constitui indissociavelmente as bases materiais históricas por meio das quais o discurso se (re)atualiza e o acontecimento da significação é (re)produzido. Em relação ao enunciado analisado, exposto analiticamente às relações entre enunciação e discurso, pudemos mostrar como "estupro culposo" funciona como metáfora em disputa ao ancorar(-se) e abrir(-se) - simultaneamente - a deriva/à deriva/como deriva; um lugar, portanto, em que a interpretação se realiza já marcando a possibilidade de ser sempre outra.

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Biografia do Autor

Luiza Castello Branco

GELS/UFU/CNPq

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Publicado

2021-07-20

Como Citar

Rodrigues, E. A., Agustini, C., & Castello Branco, L. (2021). A ENUNCIAÇÃO NA PRÁTICA DA DESTERRITORIALIZAÇÃO: UMA METÁFORA – "ESTUPRO CULPOSO" – EM DISPUTA. Revista Conexão Letras, 16(25). https://doi.org/10.22456/2594-8962.116829