A polissemia do termo ἰδέα (idéa) em Isócrates

Autores

  • Ticiano Curvelo Estrela de Lacerda USP

DOI:

https://doi.org/10.22456/2594-8962.110649

Resumo

Enquanto legado de uma educação filosófica baseada no aprendizado da prática oratória, as obras de Isócrates (séc. IV a.C.) sempre resguardaram uma clara ambivalência política e epidítica, ainda que sob a forma dos mais diversos temas e gêneros (discursos encomiásticos, judiciários e deliberativos, sobretudo). Como não era efetivamente um orador, pois jamais proferiu seus discursos em público, mas um educador do lógos cívico, Isócrates tece, por conseguinte, diversas reflexões metadiscursivas, a fim de explicar a discípulos e leitores as razões para essas misturas de temas e gêneros dentro de uma mesma obra, numa espécie de “literatura experimental”. Nessas reflexões, detectamos diversas ocorrências do termo ἰδέα (idéa), em diferentes contextos, e, principalmente, com pelo menos quatro sentidos diversos: gênero discursivo, figura discursiva, elementos discursivos e tema de um discurso. Neste artigo, pretendo fazer a análise dessa polissemia do termo nas obras do autor, a fim de verificar como termos mais genéricos da prosa ática podem apontar para futuras terminologias técnicas que se tornaram canônicas na Retórica Clássica.

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Publicado

2021-01-13

Como Citar

Estrela de Lacerda, T. C. (2021). A polissemia do termo ἰδέα (idéa) em Isócrates. Revista Conexão Letras, 15(24). https://doi.org/10.22456/2594-8962.110649