Μοῦσαι ὑποφήτορες: a relação entre o narrador e as Musas nos três prólogos das Argonáuticas de Apolônio de Rodes
DOI:
https://doi.org/10.22456/2594-8962.110647Resumo
Este artigo tem como objetivo discutir os três prólogos das Argonáuticas de Apolônio de Rodes, situados no início dos livros 1, 3 e 4, e entender de que maneira a relação oscilante estabelecida entre o poeta e as Musas incita uma reflexão sobre a autoridade narrativa. Ora tendo como fonte do relato a onisciência divina, ora a investigação humana, o poeta se vale da invocação às Musas, entendida como um recurso da poesia épica legado pela tradição, e a dota de um novo sentido através do qual estabelece um diálogo direto com o leitor, guiando o fluxo narrativo e comentando os eventos relatados.