Eram os poetas gregos arcaicos profissionais? Uma reavaliação da discussão sobre a profissionalização da atividade dos poetas gregos do período arcaico
DOI:
https://doi.org/10.22456/2594-8962.110644Resumo
Neste texto faço uma série de críticas às propostas de Edmund Stewart sobre a profissionalização dos poetas gregos arcaicos. Ele defende que os poetas gregos sempre foram profissionais e sempre apresentaram sua atividade, em suas obras, como uma mercadoria que poderia ser vendida. Eu discordo dessa concepção, já que os poetas gregos não precisavam vender suas obras para sobreviver e eles não estavam em busca de ganhos materiais como compensação por suas atividades. Vários deles eram nobres e estavam interessados, na verdade, na perpetuação dos seus nomes, ou seja, no kleos, assim como os guerreiros e os atletas daquela época. Desse modo, pretendo demonstrar que o que levava o poeta a cantar, entre outras coisas, era o desejo de imortalizar-se através da poesia.