Cadernos do IL https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil <p class="verdanapr9">O periódico <em>Cadernos do IL</em>, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Letras do Instituto de Letras da UFRGS, publica artigos inéditos de todas as áreas dos Estudos da Linguagem e dos Estudos Literários, disponibilizando um espaço para a publicação de contribuições de alunos de pós-graduação, de docentes e de alunos de graduação em coautoria com docentes.</p> <p class="verdanapr9">O periódico é classificado como <strong>A4</strong> pela avaliação quadrienal Qualis/Capes 2017-2020.</p> <p class="verdanapr9">As chamadas para submissão de artigos são publicadas na seção <a href="https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/management/settings/context//cadernosdoil/announcement" target="_blank" rel="noopener">Notícias</a>.</p> <p class="verdanapr9"> </p> <p class="verdanapr9"><strong>ISSN 2236-6385</strong> (versão eletrônica) </p> <p class="verdanapr9"> </p> <p class="verdanapr9"> </p> pt-BR <p>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</p><p>(a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_new">Creative Commons Attribution License</a>, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.</p><p>(b) Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</p><p>(c) Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (veja <a href="http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html" target="_new">O Efeito do Acesso Livre</a>).</p><p>(d) Os autores estão conscientes de que a revista <strong>não </strong>se responsabiliza pela solicitação ou pelo pagamento de direitos autorais referentes às imagens incorporadas ao artigo. 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Por esta razão, para todos os artigos que contenham imagens, deve ser encaminhada por correio postal uma declaração, assinada pelo autor do artigo, de que o uso da imagem foi autorizado, sem qualquer ônus financeiro para os <em>Cadernos do IL</em>.</p> cadernosdoil@ufrgs.br (Comissão Editorial Executiva dos Cadernos do IL) cadernosdoil@ufrgs.br (Comissão Editorial Executiva dos Cadernos do IL) Tue, 10 Jun 2025 06:31:20 -0300 OJS 3.3.0.13 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Editorial https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/148050 <p>Editorial do nº 68 dos <em>Cadernos do IL.</em></p> Antonio Barros de Brito Jr., Pablo Nunes Ribeiro Copyright (c) 2025 Antonio Barros de Brito Jr., Pablo Nunes Ribeiro http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/148050 Sat, 07 Jun 2025 00:00:00 -0300 Apresentação https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/148049 <p>Apresentação do nº 68 dos <em>Cadernos do IL</em>.</p> Marcelo Freddi Lotufo, André Cechinel Copyright (c) 2025 Marcelo Freddi Lotufo, André Cechinel http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/148049 Sat, 07 Jun 2025 00:00:00 -0300 Dimensões do tempo na epifania, em diálogo com a poesia de Adélia Prado https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/145060 <p>Pretende-se refletir acerca da potência transformadora da epifania enquanto se analisa um poema de Adélia Prado, “Epifania” (<em>Bagagem</em>, 1976). De forma complementar, comenta-se também o poema “Momento”, publicado no mesmo livro. Ao debruçar-se sobre aspectos da temporalidade na literatura moderna, destaca-se a também chamada iluminação profana, que comparece em diversos autores como uma de suas formas relevantes. Poder-se-ia encontrar possíveis articulações com conceitos afins, como o intempestivo de Nietzsche, a agoridade de Walter Benjamin, entre outros autores que evocaremos para desenvolver algumas correlações, tendo em vista ampliar a compreensão dessa forma de manifestação.</p> Viviana Bosi Copyright (c) 2025 Viviana Bosi http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/145060 Sat, 07 Jun 2025 00:00:00 -0300 “A bailarina”, de João Cabral de Melo Neto, e a infância https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/144058 <p>O objetivo deste artigo é analisar o poema “A bailarina”, de João Cabral de Melo Neto, publicado no livro <em>O Engenheiro </em>(1945) em seus movimentos gerais, em diálogo com estudos que lhe foram dedicados, mas sobretudo na perspectiva de uma reflexão sobre a infância e certa descoberta da literatura, tanto quanto de uma relação com a palavra poética e com a arte que passaria por formas do apreender e do desaprender.</p> <p><span class="Apple-converted-space"> </span></p> Pablo Simpson Copyright (c) 2025 Pablo Simpson http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/144058 Sat, 07 Jun 2025 00:00:00 -0300 “Bello mondo” e o poema inexaurível de Mariangela Gualtieri https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/145143 <p>No poema “Bello mondo”, a poeta italiana Mariangela Gualtieri apresenta um curioso procedimento em sua composição: utiliza como base principal para seu próprio texto o poema “Otro poema de los dones”, de Jorge Luis Borges, além de outras referências literárias diversas. Neste artigo, analisaremos o poema de Gualtieri, considerando as relações intertextuais que ele estabelece como uma chave de leitura fundamental para a sua interpretação. Além disso, será levada em consideração nesta análise a importância da memória literária e da oralidade, aprofundadas a partir das noções de “trabalho subterrâneo” e “encanto fônico”. Espera-se com isso contribuir para a divulgação da obra de Gualtieri, ainda inédita no Brasil, a partir da leitura cerrada de um de seus poemas mais conhecidos.</p> Cláudia Tavares Alves Copyright (c) 2025 Cláudia Tavares Alves http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/145143 Sat, 07 Jun 2025 00:00:00 -0300 Relendo a "Canção do Exílio" https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/148047 <p>Este ensaio revisita a “Canção do Exílio”, poema símbolo do nacionalismo do Segundo Império, buscando encontrar maneiras de atualizar sua leitura em relação aos debates recentes sobre Gonçalves Dias, o Romantismo e a escravidão. Para tanto, exploro a epígrafe do poema como uma janela para a complexidade das influências incorporadas por Dias e os diálogos que o autor estabelece em sua obra; e, num segundo momento, exploro a relação entre o poema em questão e outro poema do mesmo autor – “A escrava” – que retoma os mesmos temas do seu poema mais famoso, mas em uma perspectiva crítica à escravidão que pode nos ajudar a refletir sobre a relação ambígua de Dias com o nacionalismo e as elites.</p> Marcelo Freddi Lotufo Copyright (c) 2025 Marcelo Freddi Lotufo http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/148047 Sat, 07 Jun 2025 00:00:00 -0300 “Le Guignon”, de Charles Baudelaire: a forma cerrada do poema https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/145156 <p>Neste artigo, recuperando o termo “estilo cerrado”, empregado por Baudelaire em texto sobre Poe, e inspirando-nos do método de Arrigucci Jr., no ensaio <em>Coração partido</em>, propomos uma leitura do soneto “Le Guignon”. Recorrendo igualmente a Schlegel, Bourdieu, Bénichou e Auerbach, pretendemos demonstrar em que medida Baudelaire, enquanto poeta, se situa num ponto culminante da ironia formal romântica; e, enquanto crítico e ensaísta, se mostra defensor da autonomia da literatura de discursos sociais apriorísticos. A hipótese aventada é que se constrói no soneto, por meio de imagens espaciais e acústicas de uma operação extrativa, um dispositivo de significação inerente às unidades significantes.</p> Júnior Vilarino Copyright (c) 2025 Júnior Vilarino http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/145156 Sat, 07 Jun 2025 00:00:00 -0300 A dialética da frustração em Manuel Bandeira: uma análise de “Versos de Natal” https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/143360 <p>Baseando-se em um motivo biográfico do poeta Manuel Bandeira, este artigo tem como objetivo delinear os movimentos de uma dialética da frustração em sua obra. Para tanto, trata-se primeiramente de demonstrar as diversas faces da frustração a partir de seus poemas. Em seguida, passa-se à análise do poema “Versos de Natal”, de <em>Lira dos Cinquent’anos</em>, fundamentando-se nos elementos constitutivos do poema, como o ritmo, a métrica, a sintaxe e o léxico, em constante diálogo com outros poemas, com dados biográficos e com a fortuna crítica sobre o autor. Espera-se, com isso, demonstrar que o motivo da <em>vida que podia ter sido e não foi</em> é uma chave de leitura à obra bandeiriana.</p> Gustavo Ramos de Souza Copyright (c) 2025 Gustavo Ramos de Souza http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/143360 Sat, 07 Jun 2025 00:00:00 -0300 Além do Quadrado Negro: o diálogo ecfrástico de Herbert com Malevich https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/144283 <p>Este artigo procura propor um diálogo entre o poeta polonês Zbigniew Herbert e o artista de vanguarda Kazimir Malevich. No cerne desta leitura está a justaposição do poema de Herbert “Estudo do Objeto” à obra de Malevich “Quadrado Preto sobre Fundo Branco”, propondo, ainda, uma discussão sobre o conceito da écfrase e o modo como uma composição ecfrástica relê o que está verbalizando. Através de um exame breve das vidas e obras desses artistas, este artigo tem como objetivo apontar como a visão poética de Herbert não apenas entretém, mas também propõe alternativas às ideias do Suprematismo de Malevich. Ao fazer isso, vemos como ler Herbert oferece uma perspectiva única dos limites da arte abstrata e dos objetos.</p> Guilherme Stadler Penteado Copyright (c) 2025 Guilherme Stadler Penteado http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/144283 Sat, 07 Jun 2025 00:00:00 -0300 Modos de habitar um poema https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/144542 <div> <p class="Resumo">O presente ensaio é dedicado ao poema “Kuenda”, de André Capilé. Sua análise baseia-se na perspectiva da poeta e professora Katie Peterson sobre poesia e enfoca a presença do corpo tanto na feitura do poema quanto na experiência da leitura, como defende Paul Zumthor. Para tanto, aproveita-se da noção de “memória incorporada”, desenvolvida pela performer e pesquisadora Diana Taylor, de “palavra empossada”, desenvolvida pelo escritor malinês Hampaté Bâ e da voz como “ruptura da clausura do corpo”, desenvolvida pelo historiador de literatura e linguista Paul Zumthor. Trata-se de um ensaio escrito nos termos da amizade, baseado nos encontros, na intimidade e no diálogo entre autor e poeta.</p> </div> Lia Duarte Mota Copyright (c) 2025 Lia Duarte Mota http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/144542 Sat, 07 Jun 2025 00:00:00 -0300 Transfiguração poética em “Water music, de Handel”, de Jorge de Sena https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/144563 <p>Em “Water music, de Handel”, Jorge de Sena recria aspectos da música e de seu contexto em uma textura poética que convida à reflexão sobre uma instigante relação de mutualidade. A leitura aprofundada do poema, entretanto, se coloca como um difícil problema, pois a resolução de suas tensões e descontinuidades semânticas dependeria de uma perspectiva não só literária, mas também musical. Com o intuito de lidar com esse problema, parte-se da premissa de que o caminho dialógico para a resolução de tais tensões residiria nas próprias referências criadas pelo texto. Por isso, no presente ensaio, propõe-se uma leitura do poema que reconcilie as duas perspectivas em um todo coerente à luz da verificação de seus referentes históricos e musicais.</p> Gibran de Souza Copyright (c) 2025 Gibran de Souza http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/144563 Sat, 07 Jun 2025 00:00:00 -0300 Noturno, luminoso: Drummond topa a música https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/144550 <p>Este artigo pretende explorar algumas relações com a música na obra poética e em prosa de Carlos Drummond de Andrade. Apresentamos uma leitura, sobretudo, de dois poemas: “Música” e “Beethoven”. O intuito é demonstrar certo desenvolvimento na abordagem musical, consequência de uma espécie de formação de ouvinte do poeta. Para tanto, mobilizamos também outros poemas e textos em prosa do escritor, bem como textos em que certa ausência de aptidão musical é delimitada – por Drummond e por outros. Nossa hipótese, ainda, gira em torno das inúmeras consequências, para a escuta, dos novos meios de gravação e reprodução, principalmente o gramofone.</p> <p> </p> <p> </p> Paola Resende Copyright (c) 2025 Paola Resende http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/144550 Sat, 07 Jun 2025 00:00:00 -0300 À escuta de Manuel Bandeira https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/144848 <p>O presente trabalho, ao partir da escuta de poemas de Manuel Bandeira lidos por ele mesmo em voz alta, busca problematizar questões acerca da fronteira entre oralidade e escrita ao se trabalhar com o texto literário. Serão analisados três poemas, sendo que um, “Boi morto”, receberá especial tratamento via transcrição ortográfica. O objetivo da reflexão que ora se apresenta, longe de querer prescrever uma leitura “correta” de poesia, é antes o de fornecer, partindo da recitação de Bandeira, alguns parâmetros acerca do comportamento fônico evocado pela performance de leitura em voz alta que podem servir de auxílio ao leitor de poesia.</p> Gibran Alves Ayub, Luiza Ely Milano Copyright (c) 2025 Gibran Alves Ayub, Luiza Ely Milano http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/144848 Sat, 07 Jun 2025 00:00:00 -0300 O duelo como linguagem: três aproximações à poética de João Cabral de Melo Neto https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/145160 <p class="Resumo">A coletânea <em>A escola das facas</em> (1980), de João Cabral de Melo Neto, elabora uma reconstituição poética da geografia e do é<em>thos</em> pernambucano, marcada por uma excêntrica proposta memorialista. A obra explora o elemento autobiográfico, transposto em biografema, deslocando o foco do sujeito para os objetos. Deste livro, o poema “Duelo à pernambucana” retrata uma luta sertaneja, simbolizando tensões e a síntese de uma unidade instável e provisória. A partir deste poema, este estudo analisa o recurso da memória como motivo poético, a abordagem do tema da morte e a articulação poética entre dicotomias conflitantes como pretexto para o discurso metapoético.</p> David Siqueira Fontes Neto Copyright (c) 2025 David Siqueira Fontes Neto http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/145160 Sat, 07 Jun 2025 00:00:00 -0300 ´Solilóquio sem fim: o <i>Livro de Sonetos</i> de Jorge de Lima https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/145020 <p>Propõe-se que o <em>Livro de Sonetos</em> escrito por Jorge de Lima é atravessado por uma busca de revitalização. Com base em hipótese hermenêutica que contempla o conjunto de poemas publicado em 1949, o ensaio dá ênfase a essa demanda de vida. Além disso, em sua dimensão analítica, o comentário destaca reflexões que o poeta realiza sobre si mesmo e sobre a linguagem. Na discussão dessas reflexões, são apresentadas algumas antinomias: Cristo/Lusbel; Torre de Marfim/Torre de Babel.</p> Mirella Márcia Longo Copyright (c) 2025 Mirella Márcia Longo http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/145020 Sat, 07 Jun 2025 00:00:00 -0300 A alegoria do matadouro na poesia de Golgona Anghel https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/144724 <p>Este artigo investiga a poética de Golgona Anghel através da análise da imagem do matadouro como uma figuração do mundo contemporâneo. Para isso, são mobilizadas considerações teóricas de matriz biopolítica (Giorgi, 2011; 2016; Maciel, 2016; 2023). Tendo em vista o caráter alegórico da poesia portuguesa contemporânea (Martelo, 2008; 2009) e com base em um levantamento léxico-imagético de termos pertencentes ao campo semântico da produção de carne, depreende-se o espraiamento da questão em foco na obra de Anghel. Seja pela construção da paisagem, seja pela representação de figuras humanas, a configuração dos poemas dá a ver a precarização da vida flagrante no horizonte contemporâneo, diluindo as fronteiras entre as zonas de vida e de morte, entre humanos e não humanos.</p> Júlio César de Araújo Cadó Copyright (c) 2025 Júlio César de Araújo Cadó http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/144724 Sat, 07 Jun 2025 00:00:00 -0300 Expansões literárias, hoje e ontem https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/145078 <p>Este artigo propõe-se a analisar a questão das expansões literárias e das chamadas literaturas pós-autônomas do ponto de vista tanto da indeterminação conceitual da noção de literatura quanto da tarefa da crítica que dela decorre. Espera-se com isso demonstrar, de um lado, que o impulso composicional especulativo é constitutivo dos monstros “frouxos e folgados” que são as obras literárias, segundo a célebre formulação de Henry James, e, de outro, que a tarefa da crítica literária, cada vez mais difícil de ser executada devido à complexidade e pluralidade dos materiais que a literatura recolhe para si, permanece aquela de informar e reconstituir a objetualidade dos objetos literários. </p> André Cechinel Copyright (c) 2025 André Cechinel http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/145078 Sat, 07 Jun 2025 00:00:00 -0300 Literatura, crítica, ensino: expansões sob controle https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/144569 <p>Este ensaio discute a literatura em campo expandido, levando em conta tanto os postulados da crítica literária contemporânea, quanto as implicações para o ensino. O texto parte de uma reflexão motivada pela defesa do “direito à literatura” de Antonio Candido (2011), procurando evidenciar o seu alcance em face de novos modos de conceber o literário hoje. Em seguida, a partir das formulações críticas de Garramuño (2014), Ludmer (2013), Perloff (2013) e Süssekind (2022), o ensaio analisa dois poemas assinados por Alberto Pucheu e Augusto de Campos, na tentativa de debater possibilidades e limitações de formulação teórica e/ou prática.</p> Edmon Neto de Oliveira Copyright (c) 2025 Edmon Neto de Oliveira http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/144569 Sat, 07 Jun 2025 00:00:00 -0300