Violência de gênero, ditadura militar brasileira e testemunho em <i>O corpo interminável</i>, de Cláudia Lage
DOI:
https://doi.org/10.22456/2236-6385.128399Resumo
Leitura do romance O corpo interminável (2019), de Cláudia Lage, com o objetivo de discutir a violência de gênero praticada pela ditadura militar brasileira – eixo temático que estrutura a obra –, considerando a modalidade de testemunho aí observada. Ao ficcionalizar o impacto e as consequências dos acontecimentos nefastos na vida das mulheres militantes, o romance cumpriria aí o papel de “testemunha solidária”, na contrariedade das políticas de esquecimento que estorvam a tentativa de manutenção da memória do horror. Buscarei evidenciar ainda a maneira como o romance de Lage incorpora, na sua construção formal, a experiência de militantes que atuaram contra a repressão e sofreram, em decorrência disso, graus inimagináveis e intoleráveis de violência de gênero.
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Copyright (c) 2023 Fabíola Simão Padilha Trefzger

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