Memória e testemunho: do que e por que riem as presas torturadas pela ditadura militar no romance <i>O corpo interminável</i>, de Claudia Lage
DOI:
https://doi.org/10.22456/2236-6385.127859Resumo
Discute-se, neste artigo, o romance O corpo interminável, de Cláudia Lage, através de uma análise dos elementos ficcionais produzidos pela autora para lançar luz sobre um momento obscurecido pela história oficial: a ditadura militar. Trata-se aqui da relação entre literatura de testemunho (SELIGMANN-SILVA, 2003; GAGNEBIN, 2006), memória (RICOEUR, 2007) e história (BENJAMIN, 1994), que pode ser notada na obra da autora. Adota-se como estratégia metodológica a análise crítica de literatura, destacando a presença do riso em muitas personagens como uma forma coercitiva para substituir a angústia (FREUD, 1926) e o sofrimento diante da tortura. Espera-se que a análise apresentada endosse a compreensão da literatura como um vetor na produção de uma memória ética sobre os oprimidos pelo regime de opressão.
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