A problemática ambiental na gestão do Bioma Mata Atlântica no Rio Grande do Sul

Autores

  • Guilherme Krahl de Vargas Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais (InGá Estudos Ambientais)
  • Paulo Brack Departamento de Botânica, Instituto de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre

Resumo

A gestão do Bioma Mata Atlântica no Rio Grande do Sul apresenta um conjunto de problemas relacionados tanto às questões inerentes a uma região de contato entre biomas como pelas incongruências geradas pelo modelo de gestão implementado no Rio Grande do Sul nos últimos anos. Questões relacionadas aos limites da Mata Atlântica e à conservação dos fragmentos florestais no Pampa demandam maior atenção do poder público, por instrumentos legais e de gestão, e da ciência, que deve fornecer critérios técnicos que permitam implementar os avanços obtidos pelas pesquisas em ações de conservação e restauração de ecossistemas. O Estado, que é o detentor da competência original da gestão no Bioma Mata Atlântica, não tem implementado instrumentos efetivos de diagnóstico e planejamento para subsidiar ações de manejo e conservação da Mata Atlântica na escala (regional) adequada para a manutenção dos processos ecológicos. Ao contrário, o Estado tem repassado a responsabilidade da gestão ambiental aos municípios, deixando de realizar seu papel de coordenação, de gestão estratégica e de fiscalização.

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Publicado

2021-12-17

Como Citar

KRAHL DE VARGAS, G.; BRACK, P. A problemática ambiental na gestão do Bioma Mata Atlântica no Rio Grande do Sul. Bio Diverso, Porto Alegre, v. 1, n. 1, 2021. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/biodiverso/article/view/120419. Acesso em: 19 abr. 2024.