O processo de verticalização urbana em cidades médias e a produção do espaço em Montes Claros/MG
Palavras-chave:
Verticalização Urbana, Produção do Espaço, Agentes Públicos e Imobiliários, Legislação Urbana, Montes Claros/MGResumo
A cidade se expande como reflexo das relações capitalistas de produção por meio da atuação dos agentes econômicos, políticos e sociais que controlam e promovem a produção do espaço urbano. O processo de verticalização insere-se dentre as inúmeras estratégias para a reprodução do capital que vem alterando a configuração, a paisagem urbana e o modo de viver nas cidades. O poder público atua como “elemento regulador” da expansão urbana, além de oferecer as condições básicas para a atuação do capital rentista, por meio da criação de infraestruturas necessárias para a expansão imobiliária. O processo de verticalização materializava-se, sobretudo nas metrópoles, que eram o lócus da reprodução máxima do capital financeiro e industrial no Brasil. No entanto, após a década de 1970, tem ocorrido nos espaços não metropolitanos profundas reestruturações intra e interurbanas, como atração de pessoas, capitais, investimentos privados e públicos e infraestruturas urbanas, culminando em processos até então restritos às metrópoles, dentre eles, a verticalização urbana. Neste contexto, se insere a cidade média de Montes Claros/MG. A expansão urbana vertical em curso nesta cidade média decorre de várias conjunturas econômicas, sociais e culturais, destacando-se a atuação dos agentes produtores do espaço urbano. A atuação do poder público é decisiva para a expansão e o ordenamento territorial urbano, a fim de garantir a qualidade de vida nas cidades, principalmente nas áreas mais adensadas. Cabe ao poder público a elaboração de legislações e normas vinculadas ao uso do solo urbano. Soma-se a isso, o papel de fiscalização do poder público no cumprimento das leis e normas. Nessa perspectiva, este estudo analisa a expansão urbana vertical na cidade média de Montes Claro/MG, após a década de 1970. A abordagem proposta tem como foco a análise das dimensões espaciais, econômicas e do planejamento no processo de verticalização urbana em curso em Montes claros, a partir da espacialização da construção vertical no período em análise, da dinâmica econômica imobiliária, além do papel da legislação urbana neste contexto. A metodologia utilizada para o desenvolvimento do artigo consiste em revisão bibliográfica de autores sobre as temáticas cidades médias, expansão urbana, verticalização e produção do espaço urbano. Soma-se a isso, pesquisas empíricas e documentais nos 1º. e 2º. Cartórios de Registros de Imóveis de Montes Claros, Corpo de Bombeiros, Construtoras (e sites) que atuam na cidade para identificação das construções verticais no período em análise, entrevista com representante poder público, além de registro iconográfico. Os resultados obtidos estão representados em forma de mapas e gráficos.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d. Os autores não serão remunerados pela publicação de trabalhos no Boletim Gaúcho de Geografia, e devem abrir mão de seus direitos autorais em favor deste periódico. Os conteúdos publicados, contudo, são de inteira e exclusiva responsabilidade de seus autores, ainda que reservado aos editores o direito de proceder a ajustes textuais e de adequação às normas da publicação.