Participação, identidade e autonomia

Abstract

Este texto tem o objetivo de abordar a questão da partcipação de homens e de mulheres na tomda de decisões nas mais diferentes esferas. A abordagem do tema deste ensaio. por si só. justifica-se pelo aparecimento corriqueiro do quesito da participação dos cidadãos nas propostas de gestão publica e/ou ambiental, apesar desta participação ser superficial ou indefinida em muitos casos.

Em primeiro lugar, devemos destacar que esta análise sobre a participação não pretende ser definitiva, pois o tema é multo complexo. ultrapassando as possibilidades de conhecimento teórico e empírico do autor, e o nosso desejo, na verdade, é tentar desenvolver uma discussão em termos geográficos principalmente, sem desconsiderar outras áreas do conhectmenio (sociologia, ciência política, antropologia, biologia, entre outras), que tome possível a mpear o entendimento deste fenômeno social na atualidade.

Além do mais, neste trabalho partimos do pressuposto de que a participação diz respeito à construção de interpretações ou de entendimentos das realidades de individuos ou coletlvidades humanas, posição que nos ajudará a compreender melhor este fenômeno. Com efeito, no ato de decidir, principalmente em questões de ordem coletiva, sempre há conscientemente, ou inconscientemente, uma leitura da realidade dos que decidem.

Para iniciar esta discussão optamos por definir um conceito para participação. Norberto BOBBIO et al (1992, p. 888) definem o termo participação politica, que em ciência politica pode significar uma série de atividades, desde o ato de votar até a discussão de acontecimentos politicos, o que reflete acontecimentos típicos das democracias ocidentais. A concepção de participação que queremos trabalhar aqui, que engloba a de participação política, é aquela que enfatiza a idéia da associação de individuos com o intuito de decidir os rumos de suas vidas, desde o nível local até o nível regional ou global.

Acreditamos ser importante para a discussão tratar as idéias de autonomia e de identidade, que para este autor são cruciais para o entendimento da gênese, da funcionalidade e da estrutura dos processos de participação.