Projeto Humaitá-Navegantes: o resgate da cidadania

Autores/as

  • Tânia Marques STROHAECKER Departamento de geografia / Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Palabras clave:

projeto Humaitá-Navegantes, resgate, cidadania

Resumen

A paisagem urbana de Porto Alegre, rica em formas e símbolos produzidos em diferentes momentos de sua história, apresenta, no entanto, áreas extremamente degradadas que revelam, em última instância, o descaso dos setores público e privado com parcelas significativas do tecido urbano e aconseqüente obsolescência douso do solo. Bairros antigos como os de São João e Navegantes, referenciais obrigatórios para quem deseja entender o desenvolvimento industrial da cidade e a conseqüente expansão urbana na direção norte pelas classes de média e baixa renda, vinham sendo relegados porsucessivas administrações municipais. O empresariado local, atento à carência de demandas provocadapelo decréscimo populacional das últimas décadas, restringiu os investimentos na manutenção e reforma de seus estabelecimentos, quando não procurou outros bairros mais dinâmicos e populosos para se relocalizar, contribuindo, assim, para a sua degradação.

A estrutura física dos antigos bairros industriais permaneceu praticamente cristalizada, com poucas transformações quanto às atividades ali desempenhadas, o que gerou um processo de obsolescência de parcela significativa do tecido urbano com a diminuição da população residente e infra-estrutura ociosa, concomitantemente à expansão desenfreada da mancha urbana para os limites do município.

A imagem desses bairros, para a maioria dos porto-alegrenses, está resumida nos seguintes chavões: feio, decadente, sujo, velho, inseguro, carente de opções de lazer, deserto após o horário comercial, alagadiço, desconectado à malha viária mais recente. No entanto, essa imagem vem sendo desfeita gradativamente, perante os vultosos recursos canalizados para a área pelo poder público municipal nos últimos anos. Esse interesse político pela área, após décadas de abandono, é o tema de nosso trabalho.

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Biografía del autor/a

Tânia Marques STROHAECKER, Departamento de geografia / Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Graduação em Arquitetura (UFPel), especialização em Urbanismo (UFRJ), mestrado em Geografia (UFRJ), doutorado em Geociências (UFRGS). Professora lotada no Departamento de Geografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atuação profissional como docente (Graduação) nas disciplinas de Geografia Urbana, Organização e Gestão Territorial, Ocupação do Espaço Urbano e Rural. Responsável pela disciplina Urbanização e Desenvolvimento Socioespacial junto ao Programa de Pós-Graduação em Geografia/UFRGS. Pesquisadora do Centro de Estudos de Geologia Costeira e Oceânica (CECO) e do Laboratório do Espaço Social (Labes). Experiência nas áreas de Geografia, Planejamento Urbano e Regional, Gerenciamento Costeiro, com linhas de pesquisa em dinâmica territorial, gestão costeira, desenvolvimento urbano e regional. Temas de interesse: organização interna da cidade, urbanização dos espaços litorâneos, desenvolvimento socioespacial das cidades brasileiras.