Separatismo: autonomia x autoritarismo ou Através da fala dos adolescentes questionamos o senso comum
Palavras-chave:
separatimo, autonomia, autoritarismo, adolescentes, senso comumResumo
Toda vez que a palavra separatismo estiver aqui sendo usada quero me referir aos movimentos em prol da criacão de um novo país na Região Sul do Brasil, em especial ao Movimento da "República do Pampa" que abarcaria os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Há vezes em que os defensores dessa idéia (no caso, meus alunos) "ampliam" o território coma inclusão de são Paulo ou radicalizam a proposta com a criação de um país constituído apenas pelo Rio Grande do Sul (embora não existam movimentos conhecidos e específicos com esse objetivo). Excluo desse texto, portanto, outros movimentos ou idéias separatistas existentes (oficialmente ou não) dentro ou fora do Brasil.
Através desse texto - destituído de pretensões analíticas/acadêmicas profundas - procurarei apresentar alguns argumentos usados por adolescentes secundaristas na justificativa em favor do separatismo.
Julgo pertinente este texto porque creio que a argumentação usada pela garotada se assemelha muito à do adulto em geral (incluindo aqui pessoas também de maior escolaridade formal) no seu grau de profundidade argumentativa que, a meu ver, é no mínimo bastante questionável quando não claramente frágil ou imbuída de preconceitos e erros de informação básicos, que julgo perigosos sob determinados aspectos, sobretudo no que diz respeito ao preconceito contra os habitantes de outras regiões, em especial o Nordeste, cujos habitantes são tidos aprioristicamente como "vagabundos".
Justifico-me: é tarefa de todo educador que não se propõe a ser mero repassador de conteúdos, questionar o senso comum na busca de uma maior reflexão (sem com isso querer tornar-se "dono da verdade" ou o único a ter uma visão "correta") na tentativa de enfrentar possíveis preconceitos geradores de atitudes autoritárias e buscar um conhecimento que seja o mais plural, democrático e questionador possível.
Em outras palavras: não acreditamos que a "voz do povo seja a vozde Deus", isto é, nem sempre o que a maioria acha deve ser aceito passivamente sob a justificativa de que cada um tem a sua opinião e pronto. Cremos que esta posição seria populista e demagógica.
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